roer unhas

Vício em Roer Unhas: Por que acontece e qual o tratamento?

Um hábito bastante comum em inúmeras pessoas é o de roer unhas, o qual já é praticamente cotidiano. Não se faz preciso pensar muito para lembrar de um amigo ou familiar que faça isso rotineiramente. Ainda assim, esse é um comportamento que pode trazer efeitos bastante ruins, tanto para seus dedos quanto para sua boca. As causas para seu aparecimento, porém, podem ser as mais diversificadas.

Há quem pense que este é um sinal de ansiedade, mas há outras tantas causas que podem resultar no ato. Existe, inclusive, um termo técnico — onicofagia — para descrever essa atitude. Dessa forma, ainda que não seja uma doença, é possível buscar por tratamentos, tanto com remédios como com o auxílio de especialistas em psicologia ou psicanálise. 

Para entender melhor o ato de roer as unhas, confira os parágrafos a seguir. Mais do que isso, descubra as possíveis causas deste hábito, os riscos de continuar a praticá-lo e como realizar o tratamento.

O que é o ato de roer unhas?

Como mencionado ainda na introdução deste texto, o termo correto para o ato de roer as unhas é onicofagia. De acordo com pesquisadores, este é um diagnóstico bastante comum, estando presente em quase um terço da população global. Também entendido como uma mania, suas causas não são claras para quem estuda o distúrbio, mas há a conclusão de que é mais regular em crianças.

pessoa com as unhas na boca

Em casos mais graves, este deixa de ser apenas um hábito para se transformar em um grande empecilho. Alguns indivíduos chegam a roer não somente as unhas da mão, mas também as dos pés. Da mesma forma, há quem continue o ato até deixar o dedo em carne viva, ou ainda retirando até sua base, a cutícula. E, além dos efeitos estéticos, ainda pode trazer complicações na boca e em todo o organismo da pessoa.

O que faz alguém roer as unhas?

Ainda que diversos estudos já tenham sido realizados, não há um consenso na comunidade médica. O que acontece, então, é que diversos podem ser os fatores que motivam esse ato. Da sensação que a ação traz a distúrbios psicológicos, inúmeras são as justificativas para o comportamento. Pode-se, entretanto, definir como os seis principais os que seguem.

1. Prazer

Pode parecer óbvio ou até simplista demais, mas um dos maiores causadores dessa conduta é o prazer. Simples assim, muitas pessoas roem as unhas apenas por conta da satisfação que a ação traz.

prazer ao roer unhas

O diagnóstico, neste caso, não é dos mais fáceis, visto que dificilmente o paciente confessa tal motivação. Na mente dele, esse é um motivo não aceito socialmente, o que o faz mentir e culpar outros fatores por suas atitudes. Além disso, se requer uma certa autoanálise para se chegar a tal conclusão.

2. Irritação

Outra causa bastante comum para o ato de roer as unhas vem da irritação, ou seja, um determinado grau de nervosismo acumulado. Na prática, o corpo busca por alguma forma de relaxar e vê, neste comportamento, sua saída para situações inconvenientes.

desenho representando irritação

O problema de tal motivação, porém, é que essas pessoas possuem a tendência a se irritarem mais facilmente. Dessa forma, ao invés de ser um ato pontual, acaba se tornando um vício bastante prejudicial à saúde.

3. Tédio

Seguindo a mesma lógica do tópico acima, o tédio aprece como outro grande culpado por tal prática. O pensamento é semelhante, já que esta é uma maneira que o cérebro encontra para se manter em funcionamento.

cachorro pug preto entediado

Com isso, acontece com grande tendência em ocasiões em que o indivíduo não encontra nada para fazer. Assim, no próprio corpo, ele consegue encontrar um passatempo que, além de tudo, o traz prazer. Para acabar com tal sentimento, diversas soluções podem ser utilizadas, como um celular ou uma conversa.

4. Ansiedade

Obviamente, a ansiedade é um dos grandes motivadores do ato de roer as unhas, o que acaba englobando um pouco de cada item acima. A sensação ruim que o distúrbio traz, afinal, pode ser facilmente confundida com o tédio ou mesmo a irritação.

ansiedade e o vicio em roer unhas

Dessa forma, este acaba sendo um diagnóstico comum, o qual pode ser tratado com terapia ou mesmo medicações. Vale a pena mencionar, porém, que este é apenas um dos sintomas do transtorno, o qual geralmente vem acompanhado de diversos outros.

5. Perfeccionismo

Poucas pessoas sabem disso, mas o perfeccionismo faz com que inúmeras pessoas ao redor do globo danifiquem suas unhas. A explicação para isso vem de um estudo da revista científica Journal of Behavior Therapy and Experimental Psychiatry publicado em 2015.

perfeccionismo e seus problemas

De acordo com a publicação, o hábito auxilia as pessoas perfeccionistas a lidar com suas necessidades, acalmando a mente e forçando-as a focar em outras atividades que não a que estão empenhando.

6. Genética

Por fim, é preciso mencionar que há sim um fator hereditário para o ato de roer as unhas. Primeiramente, a simples exposição de uma criança a pais que apresentam tal comportamento auxilia em sua propagação.

roer unhas é genético?

Mais do que isso, estudos indicam que um terço dos pacientes com o distúrbio contém familiares próximos com o mesmo hábito. Isso sem considerar o contexto químico, o qual libera hormônios quando a prática se repete, aumentando as chances de tornar este em um vício.

Quais as consequências de roer as unhas?

Como já mencionado, não é incomum conhecer alguém que tenha o hábito de roer as unhas. Sendo este um vício “socialmente aceito”, muitos acabam não se preocupando com ele e, principalmente, com suas consequências. Ainda que alguns pensem que esses indivíduos apresentem uma melhora no sistema imunológico, não há dados que embasem tal teoria.

riscos de roer unhas

Existem, porém, diversos estudos que comprovam os malefícios da prática, que envolvem todo o organismo da pessoa. Assim, entre os principais riscos, pode-se citar:

  • Infecções bacterianas;
  • Deformação dos dentes;
  • Bruxismo (ranger de dentes);
  • Estética das mãos;
  • Feridas abertas;
  • Lacerações gengivais;
  • Lesões na boca.

Quais os tratamentos para deixar de roer as unhas?

Quando se fala de tratamento, há algumas possibilidades para deixar de lado o hábito de roer as unhas. Alguns optam por soluções naturais, como bases com gosto ruim ou mesmo meditação e yoga para relaxar a mente. Além disso, há quem aposte em soluções caseiras, como manter as unhas sempre lixadas, cortadas e pintadas. Outras opções são mascar chicletes, bolas antiestresse e mesmo investir em unhas postiças.

qual o melhor tratamento para parar de roer unhas

Em casos mais extremos, porém, tais medidas podem não solucionar o problema. O mais indicado, então, é procurar por um especialista, o qual fará o correto diagnóstico e indicará um tratamento condizente. Em geral, o primeiro a ser consultado deve ser um médico dermatologista, o qual poderá iniciar o processo de cura, com ou sem remédio. Se o problema continuar, pode se fazer necessário buscar por um psicólogo a fim de entender as motivações psicológicas da prática.

O que fazer com alguém que tem o hábito de roer as unhas?

Infelizmente, o ato de roer as unhas é muito comum, afetando pessoas dos mais diversos perfis, sem levar em consideração gênero, idade ou poder aquisitivo. Dessa forma, buscar por um tratamento é o mais aconselhável, independentemente do estágio do distúrbio. Para isso, deve-se sempre procurar por especialistas confiáveis, os quais te darão todo o auxílio ao longo do processo.

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2 Comentários

  1. Tenho ansiedade depois de adulta, eu como as unhas, sim eu as como, sinto prazer porém né irrita quando começa a dor, quanto mais como, mais vontade da, já parei algumas vezes, porém volto a comer. Base amarga, nada disso resolve.

  2. Gabriel Diula disse:

    Compreendo o quanto pode ser frustrante enfrentar esse ciclo. Comer as unhas, especialmente quando associado à ansiedade, é algo que muitas pessoas passam, e pode se tornar uma resposta automática ao estresse ou inquietação. O fato de você sentir prazer no ato, mas depois irritação com a dor, indica que essa ação está profundamente ligada à forma como seu corpo tenta aliviar o desconforto emocional.

    Além de bases amargas, que você já experimentou, pode ser útil abordar o problema em duas frentes: a raiz emocional e o hábito comportamental.

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