Quem tem Transtorno de Pânico pode infartar devido à Condição?
No episódio 09 do podcast “Papo com Especialista”, tivemos o enorme prazer de receber a médica cardiologista, Dra. Marcia Cardoso. Neste vídeo, ela nos explica tudo sobre o temido ataque cardíaco, também conhecido como infarto, e ainda responde a uma série de dúvidas sobre o assunto.
Neste corte do podcast completo, a Dra. Marcia respponde a uma dúvida muito recorrente aqui no BoaConsulta, que é a respeito de pessoas que possuem o transtorno de pânico, durante uma crise, poder ou não ter uma infarto em decorrência da condição.
👨⚕️ACOMPANHE O TRABALHO DA DRA. MÁRCIA CARDOSO
- 👉SITE: –
- 👉INSTAGRAM: https://www.instagram.com/dra.marciacardoso.cardio/
- 👉AGENDAR CONSULTA: (11) 99254-2175
Essa é uma dúvida muito comum entre pessoas que sofrem de transtorno do pânico, e até mesmo entre os familiares e amigos que os acompanham. As crises de pânico são extremamente intensas e os sintomas físicos podem ser assustadores, levando muitas pessoas a temerem por sua saúde cardíaca.
Neste post, vamos explorar se existe uma relação direta entre o transtorno do pânico e o risco de infarto, desmistificar crenças comuns e oferecer orientações sobre cuidados e prevenção.
Entendendo o Transtorno do Pânico
O transtorno do pânico é um tipo de transtorno de ansiedade caracterizado por crises repentinas e intensas de medo, acompanhadas por sintomas físicos que incluem aumento da frequência cardíaca, sudorese, falta de ar, e sensação de perda de controle.
Essas crises são conhecidas como ataques de pânico, e podem ocorrer sem aviso prévio, deixando a pessoa extremamente assustada e ansiosa sobre a possibilidade de uma nova crise.
Ataque de pânico x Ataque cardíaco
Quando uma pessoa está em meio a uma crise de pânico, seu corpo reage como se estivesse em um estado de alerta extremo. O coração bate rápido, a adrenalina dispara, e o corpo entra em um modo de “lutar ou fugir”.
Essa sensação é intensa e pode parecer muito semelhante a um ataque cardíaco, o que, compreensivelmente, faz com que muitas pessoas fiquem ainda mais assustadas durante a crise. No entanto, um ataque de pânico e um ataque cardíaco não têm uma correlação direta, ou seja, uma crise de pânico, por si só, não causa um infarto.
O que acontece durante o ataque de pânico?
Durante um ataque de pânico, o corpo libera grandes quantidades de adrenalina e cortisol, os hormônios do estresse.
Isso leva ao aumento da frequência cardíaca, hiperventilação, sensação de sufocamento e outros sintomas físicos que podem se assemelhar a um ataque cardíaco. Apesar de esses sintomas serem intensos e desconfortáveis, eles não têm o poder de causar um infarto diretamente em uma pessoa saudável.
O que está ocorrendo é uma reação do sistema nervoso autônomo, projetada para preparar o corpo para enfrentar uma ameaça, mesmo que essa ameaça não seja real.
Quando há riscos?
Embora o ataque de pânico em si não cause um infarto, existem algumas situações em que o estresse contínuo pode contribuir para problemas cardíacos no longo prazo.
Por exemplo, se a pessoa já tiver uma condição pré-existente, como um estreitamento nas artérias ou outros problemas cardiovasculares, o estresse crônico pode sim agravar essas condições.
No entanto, é importante entender que essa relação é indireta e se desenvolve ao longo do tempo, e não é algo que acontece devido a uma única crise de pânico.
Fatores de risco e agravantes
- Condições cardíacas pré-existentes: Pessoas com doenças cardíacas, como hipertensão ou estreitamento das artérias, podem ter um risco aumentado de problemas cardíacos se o estresse não for bem controlado.
- Estilo de vida sedentário: A falta de atividade física pode aumentar o risco de doenças cardíacas e dificultar o controle do estresse.
- Tabagismo e má alimentação: Fumar e ter uma dieta rica em gorduras e açúcares são fatores que aumentam o risco cardiovascular e podem ser agravados pelo estresse crônico.
Mitos e verdades sobre infarto e transtorno do pânico
- Mito: Toda crise de pânico pode causar um infarto. — Verdade: Não existe uma relação direta entre ataques de pânico e infarto. Pessoas saudáveis geralmente não correm esse risco durante um ataque de pânico.
- Mito: O coração acelerado durante um ataque de pânico indica que algo está errado fisicamente. — Verdade: O coração acelerado faz parte da resposta de “lutar ou fugir” do corpo, sendo uma reação natural ao estresse do pânico, não indicando necessariamente uma condição cardíaca.
- Mito: Evitar atividades que acelerem o coração pode prevenir ataques de pânico. — Verdade: Atividades físicas, como exercícios aeróbicos, são altamente recomendadas para pessoas com transtorno do pânico, pois ajudam a melhorar a saúde cardiovascular e a reduzir a ansiedade no longo prazo.
Cuidados e prevenção
Para quem sofre de transtorno do pânico, é essencial encontrar formas de gerenciar o estresse e reduzir as chances de problemas futuros. Práticas como a meditação, exercícios de respiração, psicoterapia — especialmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC) — e, em alguns casos, medicação, podem ajudar a manter o controle das crises e reduzir o estresse crônico.
Além disso, é importante adotar hábitos de vida saudáveis, como praticar atividade física regularmente, ter uma alimentação balanceada e manter as visitas ao cardiologista em dia, especialmente para quem já tem fatores de risco cardíaco.
Precisa fazer um chek-up no seu coração? Aqui no BoaConsulta você encontra os melhor médicos cardiologistas, agende a sua consulta através do site ou aplicativo.