Ter Pólipo Significa Ter Câncer Colorretal? Especialista Explica! 

Ter Pólipo Significa Ter Câncer Colorretal? Especialista Explica! 

No episódio 06 do podcast Papo com Especialista, produzido pelo BoaConsulta, tivemos o prazer de receber o Dr. Jorge Henrique Reina, especialista em cirurgia robótica do aparelho digestivo, coloproctologia e cirurgia oncológica. Este é um trecho do podcast completo, no qual o Dr. Jorge fala exclusivamente sobre o câncer colorretal.

Neste corte, o especialista é questionado sobre o surgimento de pólipos, pois eles podem ser um dos sinais de que o paciente pode ou não ter câncer colorretal. Diante disso, o Dr. Jorge nos explica se ter um pólipo automaticamente significa ter câncer colorretal.

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Pólipos colorretais são crescimentos anormais de células que se formam no revestimento interno do intestino grosso (cólon) ou do reto. Esses pólipos variam em tamanho, forma e número. Eles podem ser planos (sessis) ou elevados (pedunculados), e enquanto alguns permanecem benignos, outros têm o potencial de se transformar em câncer colorretal com o tempo.

Existem diferentes tipos de pólipos, como:

  • Pólipos Hiperplásicos: Geralmente são benignos e possuem baixo risco de se tornarem cancerosos.
  • Pólipos Adenomatosos (Adenomas): São mais comuns e têm maior probabilidade de evoluir para câncer colorretal se não forem removidos.
  • Pólipos Serrilhados: Podem ser benignos ou malignos, dependendo de sua localização e características.

Como os Pólipos se Formam?

Os pólipos se formam devido a alterações genéticas nas células do cólon e reto, que resultam em um crescimento celular descontrolado. Normalmente, as células do intestino têm um ciclo de vida controlado, onde novas células substituem as antigas de forma ordenada.

No entanto, quando esse processo é interrompido por mutações genéticas, as células podem começar a crescer de maneira descontrolada, formando pólipos.

Fatores que Contribuem para a Formação de Pólipos:

  • Hereditariedade: Pessoas com histórico familiar de pólipos ou câncer colorretal têm maior risco de desenvolver pólipos.
  • Idade: O risco de desenvolver pólipos aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos.
  • Estilo de Vida: Dietas ricas em gordura, baixo consumo de fibras, sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool são fatores de risco.
  • Doenças Inflamatórias Intestinais: Condições como colite ulcerativa e doença de Crohn aumentam o risco de pólipos.

Pólipos e o Risco de Câncer Colorretal

Ter um pólipo colorretal não significa automaticamente que você tem câncer, mas é um sinal de alerta importante. Os pólipos adenomatosos, em particular, são considerados lesões pré-cancerosas, pois têm maior probabilidade de evoluir para câncer se não forem tratados. A maioria dos cânceres colorretais começa como pólipos adenomatosos, que podem levar anos para se transformar em tumores malignos.

Risco de Transformação em Câncer:

  • Tamanho do Pólipo: Pólipos maiores que 1 cm têm um risco maior de se tornarem cancerosos.
  • Tipo de Pólipo: Adenomas vilosos (um subtipo de pólipo adenomatoso) têm maior risco de malignidade.
  • Número de Pólipos: Múltiplos pólipos aumentam o risco de câncer.

Sintomas Associados aos Pólipos Colorretais

Muitos pólipos colorretais são assintomáticos, ou seja, não causam nenhum sintoma, especialmente nos estágios iniciais. Por isso, muitas vezes, eles só são detectados durante exames de rastreamento como a colonoscopia. No entanto, pólipos maiores ou múltiplos podem causar sintomas, incluindo:

  • Sangramento Retal: Sangue nas fezes, que pode ser visível ou detectado apenas por exames de fezes.
  • Alterações nos Hábitos Intestinais: Diarreia, constipação ou mudança na consistência das fezes que persiste por mais de uma semana.
  • Dor Abdominal: Dor ou desconforto no abdômen, geralmente causada por pólipos maiores.
  • Anemia: Perda de sangue crônica pode levar a anemia, resultando em cansaço e palidez.

Se você experimentar qualquer um desses sintomas, é importante procurar um médico para avaliação.

Diagnóstico e Remoção dos Pólipos

A colonoscopia é o exame de escolha para diagnosticar e remover pólipos colorretais. Durante a colonoscopia, um endoscópio flexível com uma câmera é inserido no reto, permitindo que o médico visualize o revestimento do cólon e do reto em tempo real. Se forem encontrados pólipos, o médico pode removê-los imediatamente utilizando instrumentos especiais.

Outros Métodos de Diagnóstico:

  • Sigmoidoscopia Flexível: Similar à colonoscopia, mas examina apenas a parte inferior do cólon.
  • Exame de Fezes: Testes como o teste imunológico fecal (FIT) ou o teste de sangue oculto nas fezes (FOBT) podem detectar sinais de pólipos ou câncer.
  • Colonografia por Tomografia Computadorizada (Colonoscopia Virtual): Um método menos invasivo que usa imagens de TC para examinar o cólon.

A Relação Entre Pólipos e Câncer Colorretal

Embora nem todos os pólipos evoluam para câncer, sua presença é um fator de risco significativo. Cerca de 70-80% dos cânceres colorretais se originam de pólipos adenomatosos. Por isso, a detecção precoce e a remoção desses pólipos são essenciais para prevenir o câncer colorretal.

Fatores de Risco Adicionais:

  • Histórico Familiar: Ter parentes de primeiro grau com pólipos ou câncer colorretal aumenta o risco.
  • Síndromes Genéticas: Condições como a polipose adenomatosa familiar (PAF) e a síndrome de Lynch estão associadas a um risco elevado de pólipos e câncer.
  • Inflamação Crônica: Doenças inflamatórias intestinais crônicas aumentam o risco de desenvolvimento de pólipos e câncer.

Tratamento e Acompanhamento

Após a remoção de pólipos, o acompanhamento é essencial para monitorar a saúde do cólon e detectar qualquer novo pólipo ou sinal de câncer precocemente. O plano de acompanhamento dependerá dos resultados da colonoscopia inicial.

Recomendações de Acompanhamento:

  • Colonoscopia de Controle: Geralmente recomendada em 3 a 5 anos, dependendo do tipo e número de pólipos removidos.
  • Mudanças no Estilo de Vida: Adotar uma dieta saudável, rica em fibras e pobre em gorduras, além de praticar exercícios físicos regulares, pode reduzir o risco de recorrência de pólipos.
  • Medicamentos: Em alguns casos, medicamentos como aspirina ou anti-inflamatórios podem ser recomendados para reduzir o risco de novos pólipos.

Como Reduzir o Risco de Desenvolver Pólipos

Prevenir a formação de pólipos e, consequentemente, o câncer colorretal envolve mudanças no estilo de vida e triagem regular. Algumas estratégias de prevenção incluem:

  • Dieta Balanceada: Consumir uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e pobre em carnes processadas e gorduras saturadas.
  • Exercício Físico: A prática regular de atividade física pode ajudar a reduzir o risco de pólipos.
  • Controle de Peso: Manter um peso saudável é importante para reduzir o risco de câncer colorretal.
  • Evitar Fumo e Álcool: Reduzir ou eliminar o consumo de tabaco e álcool pode diminuir o risco de pólipos.
  • Suplementação: Alguns estudos sugerem que cálcio e vitamina D podem ajudar a prevenir pólipos, embora mais pesquisas sejam necessárias.

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