Conheça os sintomas de asma alérgica, os tipos, tratamentos e prevenção das crises!

A asma é uma doença que causa obstrução das vias respiratórias pulmonares, como os brônquios. Trata-se de uma condição crônica, que afeta os pulmões e que, em geral, começa na infância. Esse fechamento ocorre devido a dois fatores: contração dos músculos pulmonares e inflamação da parede dos brônquios.

Os brônquios são dois tubos que levam o ar aos pulmões e se ramificam em unidades cada vez menores — os bronquíolos. Nas pessoas com asma, eles são mais sensíveis aos estímulos do que nos indivíduos que não têm a doença — como o cigarro, o ar frio e as alergias, entre outros fatores.

Neste post, você aprenderá sobre a asma alérgica e seus sintomas, além da diferença entre as formas da doença. Continue a leitura e confira!

Quais são as diferenças entre os tipos de asma?

Como mencionamos, a asma pode ser causada por uma reação alérgica ou não — também chamada de intrínseca. Mas como saber se determinada pessoa apresenta uma ou outra?

Veja as diferenças entre elas, a seguir!

Asma alérgica

A forma alérgica (ou atópica) da doença é causada por um alérgeno, um elemento que desencadeia reações alérgicas no nosso organismo. Nesse caso, dizemos que se trata de uma asma induzida por alergia — ou, simplesmente, asma alérgica.

Você sabia que esse é o tipo mais comum de asma, sobretudo em crianças? Ainda assim, ela pode acometer todas as idades.

Asma não alérgica

No entanto, nem sempre a asma é de causa alérgica. Esse tipo é mais usual em adultos do que em crianças, e costuma ser desencadeado por fatores como:

• fumaça (de cigarro ou não);
• infecções respiratórias;
• exercícios em excesso;
• cheiros fortes;
• ar frio ou seco;
• ansiedade;
• estresse.

Além disso, há também a asma infantil. Ela pode ser causada pelo vírus respiratório sincicial (VRS), e acomete desde os primeiros meses de vida do bebê até os três ou quatro anos de vida. Sabe-se que há crianças mais predispostas a essas condições do que outras.

Quais são os principais sintomas da asma alérgica?

Os sintomas da asma — seja ela alérgica ou não — são os mesmos. Porém, é importante saber que, em geral, eles pioram durante a noite.

Os principais sinais são:

• limitação das atividades diárias (em casos mais graves ou sem tratamento);
• chiado (sibilo ou pieira) ao respirar;
• sensação de aperto no peito;
• dor no peito;
• falta de ar;
• tontura;
• tosse.

Devido ao componente alérgico, em muitos casos, a asma vem acompanhada de rinite (coceira, coriza e espirros), alergia a medicamentos ou eczema (marcas vermelhas com bolhinhas de água).

Além disso, se a pessoa tem pais asmáticos (componente genético e hereditário) e componentes alérgicos, há mais chances de ela desenvolver asma.

Dessa forma, as chances de uma criança com um dos progenitores asmáticos também desenvolver a doença é de 25 a 50%, sendo mais elevada se a mãe tiver asma. Contudo, se o pai e a mãe tiverem asma, essa chance sobe para 75%.

Entre os alérgenos que costumam levar à asma alérgica, estão:

• caspa e saliva de animais de estimação;
• picada de insetos;
• fezes de barata;
• pelo de gato;
• pólen;
• ácaros;
• poeira.

Como determinar o tipo de asma?

Para saber se é um caso de asma alérgica ou não, é fundamental entender que somente um médico — principalmente, um pneumologista — poderá dar o diagnóstico final. Isso porque ele solicitará exames para saber o tipo de asma e, a partir de então, indicar o melhor tratamento. Veja os principais, abaixo!

Espirometria

Um dos exames solicitados é a espirometria, que diagnostica a limitação do fluxo aéreo expiratório variável. Tanto uma pessoa com asma alérgica quanto não alérgica pode fazer esse exame.

Teste de alergia na pele

O teste de alergia na pele (ou prick test) é feito em consultório. Durante o exame, um profissional de saúde, orientado pelo médico, aplica alérgenos diversos em pequenas quantidades na pele do paciente e espera alguns minutos para observar se há alguma reação.

Exame de sangue

No exame de sangue, é feito o teste IgE total ou específico, o qual é capaz de identificar a presença da imunoglobulina E (ou IgE) depois de a pessoa entrar em contato com determinado alérgeno.

A IgE pode ser liberada quando o organismo com asma alérgica (ou outras formas de alergia) entra em contato com substâncias alérgenas.

Se, após a realização dos exames, a alergia não for confirmada, o diagnóstico será de asma não alérgica. Da mesma forma, se o teste de alergia na pele e o IgE forem positivos, o tipo de asma será alérgico.

Como deve ser o tratamento da asma?

Alérgica

A asma de origem alérgica é tratada com corticosteroides de forma inalatória, popularmente chamados de “bombinha” ou “bomba para asma”. Algumas vezes, pode ser necessário o uso de broncodilatadores, sempre com prescrição médica.

Não alérgica

Em geral, a asma não alérgica (ou intrínseca) tem expectoração eosinofílica (eosinófilos), neutrofílica (neutrófilos), ou pode conter somente células inflamatórias. Esse tipo de asma, normalmente, não responde muito bem ao tratamento com corticosteróide inalado. Muitas vezes, o melhor tratamento são os broncodilatadores.

Se a pessoa for portadora de asma não-controlada, a doença pode progredir para fibrose e alteração da estrutura das vias aéreas, podendo se tornar irreversível. Além das alterações que evoluem de forma desfavorável ao longo do tempo, as crises de asma intensas podem necessitar de recursos de urgência e, até mesmo, de internação em unidades de terapia intensiva (UTI). 

Como prevenir uma crise de asma?

A melhor forma de prevenir um ataque de asma é evitar a exposição aos agentes causadores da doença — que podem variar de pessoa para pessoa, sobretudo, no tocante a ter uma causa alérgica ou não. Assim, aprender a identificar o que causa uma crise pode fazer muita diferença na qualidade de vida.

Agora que você já conhece as informações mais importantes sobre asma alérgica e seus sintomas, é fundamental ter em mente que os tratamentos devem ser prescritos por um médico qualificado.

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