Que Relação os Medicamentos Têm com as Quedas em Idosos?
Noeste trecho do episódio #11 do Papo com Especialista, o Dr. Paulo Camiz, médico geriatra e clínico geral, explica como o uso excessivo e descontrolado de medicamentos pode aumentar o risco de quedas em idosos. Com o passar dos anos, muitos pacientes acumulam prescrições sem revisão adequada, o que pode gerar interações prejudiciais e efeitos adversos.
Neste bate-papo, ele destaca a importância de revisar regularmente a lista de medicamentos, a necessidade de acompanhamento médico qualificado e os desafios enfrentados quando pacientes tomam remédios sem orientação profissional. Afinal, será que menos é mais quando falamos de medicação para idosos?
Conheça o trabalho do Dr. Paulo Camiz:
- Site: https://www.ogeriatra.com.br/
- Instagram: https://www.instagram.com/clinicacamiz/
- Agende sua consulta: (11) 98816-5712
O uso de medicamentos é uma prática comum na terceira idade. Com o passar dos anos, os idosos costumam acumular prescrições de diferentes médicos para tratar diversas condições de saúde.
No entanto, será que essa polifarmácia é sempre benéfica? No episódio #11 do Papo com Especialista, o geriatra e clínico geral Dr. Paulo Camiz levantou uma questão essencial: a medicação excessiva pode ser um fator de risco para quedas em idosos?
O perigo da polifarmácia na terceira idade
Com o tempo, muitos idosos acabam tomando diversos medicamentos simultaneamente. O Dr. Paulo Camiz explica que isso acontece porque novos remédios são adicionados sem que haja uma revisão periódica das prescrições anteriores. Como resultado, não é raro encontrar pacientes consumindo dez ou mais comprimidos diariamente.
O grande problema é que muitos desses medicamentos podem interagir entre si, gerar efeitos colaterais indesejados ou até mesmo já não serem necessários. Algumas substâncias afetam o equilíbrio, a pressão arterial e a coordenação motora, aumentando significativamente o risco de quedas.
Menos é mais: a importância de revisar a medicação
Uma das abordagens do Dr. Paulo Camiz na geriatria é a redução do número de medicamentos, sempre que possível. Segundo ele, muitos pacientes passam anos tomando remédios que foram prescritos há muito tempo, sem que ninguém tenha reavaliado se ainda são necessários.
“Quantos pacientes eu não conquistei só por tirar remédio?”
Ele destaca que a maioria das pessoas fica aliviada ao saber que pode reduzir a quantidade de medicamentos, principalmente quando percebe que estava tomando algo sem necessidade. No entanto, essa retirada deve ser feita com acompanhamento médico, já que cada organismo reage de forma diferente às substâncias.
A revisão da prescrição deve ser constante
Outro ponto importante é que, frequentemente, os idosos fazem mudanças na própria medicação sem orientação médica. De acordo com o Dr. Paulo Camiz, ao revisar as prescrições durante as consultas, ele percebe que muitas vezes os pacientes:
- Pararam de tomar um remédio por conta própria, achando que não era importante.
- Alteraram a dose sem recomendação médica.
- Adicionaram medicamentos sugeridos por conhecidos, como amigos, familiares e até cabeleireiros.
Essa automedicação pode trazer riscos sérios. Além de possíveis interações perigosas, alguns medicamentos exigem ajuste de dose ou acompanhamento para evitar efeitos colaterais indesejados.
“Às vezes, a pessoa tem mais influência de uma comadre ou da cabeleireira do que do médico!”
Por isso, a recomendação do especialista é clara: sempre consulte um médico antes de iniciar, interromper ou modificar qualquer tratamento medicamentoso.
Farmacologia e geriatria: o impacto das interações medicamentosas
O Dr. Paulo Camiz também destaca que um dos principais desafios na geriatria é a necessidade de um conhecimento aprofundado em farmacologia. O profissional deve entender como cada um dos medicamentos interage no organismo do idoso e quais os impactos dessas interações.
Nem sempre um remédio isoladamente é prejudicial, mas a soma de várias substâncias pode desencadear efeitos adversos que comprometem a mobilidade e a segurança do idoso. Por isso, a revisão deve ser cuidadosa e feita por um especialista.
Menos remédios, mais segurança
A revisão da medicação deve ser uma prática comum no cuidado com idosos. Além de garantir que apenas os medicamentos realmente necessários sejam mantidos, essa prática pode prevenir problemas como tonturas, alterações na pressão arterial e quedas, que podem ter consequências graves nessa faixa etária.
Se você tem um familiar idoso que faz uso de múltiplos medicamentos, agende uma consulta com um médico geriatra ou clínico geral para revisar as prescrições e garantir um tratamento mais seguro e eficaz.