Quem tem psoríase pode ter câncer? Entenda a relação!
Uma dúvida bastante frequente entre as pessoas sobre psoríase envolve outra grande doença, o câncer. Descubra aqui se quem tem psoríase pode ter câncer.
Pode não parecer, mas existe uma relação entre a psoríase e o câncer. Veja bem, a psoríase é uma doença inflamatória, autoimune e cuja manifestação ocorre de maneiras diferentes em todas as pessoas.
E considerando os hábitos de vida de um paciente e a sua genética, é comum que as pessoas que vivem com a doença tenham dúvidas – especialmente aqueles que estão começando a lidar com o diagnóstico.
A principal delas é se quem tem psoríase pode ter câncer. Ficou curioso (a) e quer saber mais? Então, basta continuar a leitura!
Doenças de pele: câncer e psoríase
É sabido que, apesar de causar muitas feridas na pele, além de outros sintomas dos mais comuns aos graves, a psoríase não é considerada uma doença contagiosa, assim como o câncer.
Vermelhidão, coceira e descamação são os principais fatores que fazem com que as pessoas se preocupem e passam uma impressão não tão agradável para quem não compreender o que é psoríase.
Inclusive, existem até algumas pessoas que comumente confundem a psoríase com câncer, já que ambas afetam a pele e deixam marcas graves.
A relação entre câncer e a psoríase
Em razão de tantas similaridades entre as doenças, pesquisadores da Coreia acreditam que os portadores das formas mais severas da psoríase são propensos a desenvolver câncer de pele.
De acordo com um estudo populacional conduzido por pesquisadores coreanos e publicado em julho de 2021 no British Journal of Dermatology, foi identificado que sobreviventes de câncer, especialmente sobreviventes de doenças onco-hematológicas, têm um risco aumentado de desenvolver a psoríase.
O cientista Miri Kim, da Universidade Católica da Coreia, em Seul, e seu time analisaram a incidência de psoríase entre sobreviventes de câncer por meio da utilização de dados do Korean National Health, o seguro nacional de saúde do país.
De acordo com as análises, foi compreendido 804.836 sobreviventes de câncer com idade acima de 50 anos de idade, e inscritos de 2009 a 20015, e outros 1.613.046 pessoas sem câncer de mesma idade e sexo.
A despeito de todas possíveis limitações de um estudo retrospectivo, essa análise mostra o impacto das neoplasias hematológicas e seus tratamentos no sistema imunológico dos sobreviventes. Porém, é preciso cautela ao interpretar os achados deste estudo, em especial pelos possíveis vieses relacionados a sua metodologia. Em alinhamento com diversos outros estudos, é importante ressaltar a importância do seguimento a longo prazo dos pacientes pós tratamento oncológico, já que estes pacientes podem apresentar complicações do seu tratamento a longo prazo
Analisou ao Onco News Guilherme Perini, coordenador da Hematologia do Grupo Américas.
Assim como a psoríase, o melanoma que pode causar o câncer de pele é hereditário. Por isso, é indicado que exames preventivos sejam feitos com regularidade, duas vezes por ano, em pessoas com quadros de câncer na família ou assim que aparecer uma lesão suspeita na pele.
O acompanhamento médico para ambas as doenças
Quando detectado no início da doença, o câncer de pele é um quadro que conta com altos índices de cura. Contudo, pessoas que fazem um autodiagnóstico e automedicação podem não perceber seus efeitos e ramificações da doença – algo que atrapalha e dificulta o tratamento de maneira correta.
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