Quais Exames Fazer para Prevenir Infarto?

No episódio 09 do podcast “Papo com Especialista”, tivemos o enorme prazer de receber a médica cardiologista, Dra. Marcia Cardoso. Neste vídeo, ela nos explica tudo sobre o temido ataque cardíaco, também conhecido como infarto, e ainda responde a uma série de dúvidas sobre o assunto.

Neste corte do podcast completo, a Dra. Marcia nos explica quais exames podem ser realizados com o objetivo de prevenir um infarto e outras doenças e ocorrências relacionadas.

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Prevenir o infarto é fundamental para manter uma boa saúde cardiovascular, e a realização de exames regulares pode fazer toda a diferença nesse processo. Mas quais são os exames que ajudam a identificar riscos antes que um problema mais sério aconteça? Vamos explorar cada um deles e entender como eles podem auxiliar na prevenção.

Exame das Artérias Carótidas

O exame das artérias carótidas é um dos primeiros passos para verificar a saúde cardiovascular. As artérias carótidas, localizadas no pescoço, são responsáveis por levar sangue ao cérebro.

O exame é feito por meio de um ultrassom que verifica se há alguma obstrução ou formação de placas que possam prejudicar a circulação. Este tipo de exame é importante para avaliar o risco de infartos ou de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), uma vez que as placas de gordura nessas artérias podem indicar problemas em outras áreas do sistema cardiovascular.

Ultrassom das Artérias das Pernas

Assim como o ultrassom das artérias carótidas, o exame das artérias das pernas é fundamental para identificar possíveis obstruções ou placas de gordura.

A presença de placas nas artérias das pernas pode indicar problemas na circulação geral do corpo, funcionando como um “alerta” para riscos maiores.

Esse tipo de exame é especialmente recomendado para pessoas com histórico de doenças cardíacas, diabetes, ou hábitos como o tabagismo, que são fatores de risco para a formação de placas.

Testes Funcionais e Provocativos

Para uma avaliação mais completa, é importante também realizar exames que coloquem o sistema cardiovascular à prova, chamados de testes funcionais ou provocativos. Esses exames têm como objetivo observar o comportamento das artérias e do coração durante esforços físicos ou situações de estresse controlado. Veja alguns exemplos:

Teste de Esforço

O teste de esforço é um exame em que o paciente faz atividade física, geralmente em uma esteira ou bicicleta ergométrica, enquanto o médico monitora o coração por meio de eletrocardiograma (ECG).

Esse exame é fundamental para identificar sintomas que aparecem apenas durante o esforço, como dor no peito, que pode ser causada pelo fechamento parcial das artérias. Muitas vezes, as placas de gordura não causam sintomas enquanto estamos em repouso, mas durante o esforço podem limitar o fluxo sanguíneo e gerar sintomas importantes.

Cintilografia do Miocárdio

A cintilografia do miocárdio é outro teste provocativo que ajuda a identificar áreas do coração que podem estar recebendo pouco fluxo sanguíneo.

Nesse exame, uma pequena quantidade de material radioativo é injetada na corrente sanguínea, e uma câmera especial é utilizada para tirar imagens do coração durante o repouso e durante o esforço. Com isso, é possível ver se há partes do coração que não estão recebendo sangue adequadamente.

Ecocardiograma de Estresse com Dobutamina

O ecocardiograma de estresse com dobutamina é utilizado quando o paciente não pode realizar atividades físicas.

Nesse caso, o medicamento dobutamina é injetado para simular o esforço, aumentando a frequência cardíaca e a contração do coração.

O exame permite avaliar como o coração e as artérias respondem ao esforço simulado e identificar possíveis restrições no fluxo sanguíneo.

A Relevância do Monitoramento em Ambientes Controlados

Esses testes provocativos são sempre realizados em ambientes controlados, geralmente em hospitais, onde há a possibilidade de monitoramento contínuo do paciente e, se necessário, de interromper o exame prontamente. Essa precaução é crucial para assegurar a segurança do paciente, já que o procedimento pode desencadear sintomas como dor no peito ou arritmias.

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