Quais as Causas do Aneurisma? Neurocirurgião explica em detalhes!
No nosso podcast de número 05, recebemos o Dr. Marcio Rassi, neurocirurgião e professor de neurocirurgia especializado no tratamento de tumores cerebrais e da base do crânio. Neste trecho do podcast, o Dr. Marcio Rassi explica em detalhes as possíveis causas de um aneurisma, considerando os diferentes tipos.
ACOMPANHE O TRABALHO DO DR. MARCIO RASSI
Durante a discussão sobre aneurismas, surge uma dúvida comum: quais são as causas do aneurisma? O Dr. Marcio Rassi esclarece que a formação de um aneurisma está relacionada a uma má formação de uma das camadas da parede das artérias. Isso geralmente é um defeito congênito, ou seja, a pessoa já nasce com essa condição.
Impacto do Estilo de Vida
Embora o estilo de vida possa influenciar a saúde vascular geral, ele não é a causa principal da formação de aneurismas. Pessoas com um estilo de vida saudável podem desenvolver aneurismas, assim como aquelas com hábitos menos saudáveis.
No entanto, fatores como pressão arterial alta, aterosclerose (endurecimento das artérias), tabagismo e obesidade podem aumentar o risco de um aneurisma existente se romper.
Prevenção e Manutenção da Saúde
É fundamental adotar um estilo de vida saudável para reduzir o risco de complicações vasculares em geral. Controlar a pressão arterial, manter uma dieta balanceada, evitar o tabagismo e manter um peso saudável são medidas que beneficiam a saúde das artérias e veias.
Quais doenças podem causar ou agravar o surgimento de um aneurisma?
A formação de um aneurisma pode ser influenciada por várias doenças que afetam a saúde vascular. Aqui estão algumas das principais condições que podem causar ou agravar o surgimento de aneurismas:
1. Hipertensão Arterial
A pressão arterial alta é um dos principais fatores de risco para a formação e ruptura de aneurismas. A força excessiva do sangue contra as paredes arteriais pode enfraquecer essas paredes ao longo do tempo, levando ao desenvolvimento de aneurismas.
2. Aterosclerose
A aterosclerose é a formação de placas de gordura, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias. Essas placas podem enfraquecer a parede arterial, aumentando o risco de aneurismas. Além disso, a aterosclerose pode dificultar o fluxo sanguíneo, contribuindo para a pressão arterial elevada.
3. Doenças Genéticas
Certas condições genéticas, como a síndrome de Marfan, síndrome de Ehlers-Danlos e a doença renal policística, podem predispor os indivíduos à formação de aneurismas. Essas doenças afetam a estrutura do tecido conjuntivo, tornando as paredes arteriais mais propensas a se enfraquecer e dilatar.
4. Doenças Inflamatórias
Doenças inflamatórias crônicas, como a arterite de células gigantes, podem causar inflamação nas paredes das artérias, enfraquecendo-as e aumentando o risco de aneurismas. A inflamação crônica pode danificar o tecido arterial, facilitando a formação dessas dilatações.
5. Infecções
Infecções graves, especialmente aquelas que envolvem a parede arterial (como endocardite infecciosa), podem danificar e enfraquecer as artérias, levando ao desenvolvimento de aneurismas.
As bactérias podem invadir a parede arterial, causando inflamação e degeneração do tecido.
6. Tabagismo
Embora não seja uma doença, o tabagismo é um fator de risco significativo para a formação de aneurismas. As substâncias químicas no tabaco podem danificar diretamente as paredes arteriais e aumentar a pressão arterial, contribuindo para a formação e ruptura de aneurismas.
Como a genética influência no surgimento do aneurisma
Os aneurismas são dilatações anormais nas paredes das artérias que podem ocorrer em várias partes do corpo, incluindo o cérebro (aneurisma cerebral), a aorta (aneurisma da aorta) e outras grandes artérias.
A genética desempenha um papel significativo na predisposição de indivíduos ao desenvolvimento de aneurismas, influenciando a estrutura e a integridade das paredes arteriais.
Fatores Genéticos
- Mutação Genética Certas mutações genéticas podem afetar a produção de proteínas essenciais para a estrutura do tecido conjuntivo, como o colágeno e a elastina, que são fundamentais para a resistência e elasticidade das paredes arteriais. Mutação em genes específicos pode enfraquecer a parede arterial, tornando-a mais suscetível à dilatação e formação de aneurismas.
- Doenças Genéticas Algumas condições hereditárias estão diretamente associadas a um maior risco de aneurismas. Entre essas condições, destacam-se:
- Síndrome de Marfan: Uma doença do tecido conjuntivo que resulta em fraqueza das paredes arteriais devido a defeitos no gene fibrilina-1 (FBN1). Indivíduos com esta síndrome têm um risco aumentado de desenvolver aneurismas aórticos.
- Síndrome de Ehlers-Danlos: Um grupo de transtornos que afetam o tecido conjuntivo, causando hiperextensibilidade da pele, hipermobilidade das articulações e fragilidade vascular. A forma vascular da síndrome de Ehlers-Danlos é particularmente associada a um risco aumentado de aneurismas.
- Doença Renal Policística Autossômica Dominante (DRPAD): Uma doença genética que afeta os rins, mas também está associada a um risco aumentado de aneurismas intracranianos devido a anormalidades no tecido conjuntivo.
- Histórico Familiar Ter um histórico familiar de aneurismas também é um fator de risco significativo. Estudos mostram que indivíduos com parentes de primeiro grau que tiveram aneurismas têm uma probabilidade maior de desenvolver a condição. Esse risco aumentado sugere uma predisposição genética subjacente, embora os mecanismos específicos possam variar entre as famílias.
Como a Genética Interage com Outros Fatores de Risco
A predisposição genética para aneurismas pode ser exacerbada por fatores ambientais e comportamentais, como tabagismo, hipertensão arterial, e aterosclerose.
Em indivíduos geneticamente predispostos, esses fatores podem acelerar a degeneração das paredes arteriais e aumentar o risco de ruptura de aneurismas.
Diagnóstico e Monitoramento
Para indivíduos com um histórico familiar de aneurismas ou com condições genéticas conhecidas, é crucial o monitoramento regular e exames de imagem, como angiotomografia e ressonância magnética, para detectar aneurismas em estágios iniciais.
O diagnóstico precoce permite intervenções médicas ou cirúrgicas antes que os aneurismas se tornem um risco crítico.
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