Por que Idosos que Sofrem Quedas Correm Maior Risco de Morte? Entenda as Complicações!
Quando falamos sobre quedas em idosos, muitas pessoas não imaginam o impacto real que esses acidentes podem ter. Mais do que apenas um susto ou um osso quebrado, uma queda pode desencadear uma série de complicações graves, aumentando significativamente o risco de morte.
No episódio #11 do Papo com Especialista, o Dr. Paulo Camiz, geriatra e clínico geral, explica por que isso acontece e quais são os principais fatores envolvidos. Desde problemas de saúde preexistentes até a falta de adaptações no ambiente, cada detalhe pode fazer a diferença entre um incidente isolado e uma condição que leva a complicações fatais.
Além disso, discutimos como a pneumonia pode se tornar uma consequência silenciosa e fatal após uma queda e o que pode ser feito para reduzir esses riscos. Esse é um tema que exige atenção e cuidados práticos para garantir um envelhecimento mais seguro e saudável.
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As quedas são um dos principais problemas de saúde pública entre os idosos. Embora muitas vezes sejam vistas apenas como acidentes comuns, elas podem desencadear uma série de complicações graves, elevando significativamente o risco de morte. No episódio #11 do Papo com Especialista, o Dr. Paulo Camiz, geriatra e clínico geral, explicou por que isso acontece e quais são os fatores que tornam as quedas tão perigosas na terceira idade.
Seja por fragilidade óssea, complicações respiratórias ou até mesmo o impacto psicológico que uma queda pode causar, entender os riscos e saber como preveni-los é essencial para garantir um envelhecimento mais seguro.
Queda em idosos: um problema comum, mas perigoso!
A queda pode parecer um evento isolado, mas para o idoso, ela representa um risco grave à saúde. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% dos idosos com mais de 65 anos caem pelo menos uma vez ao ano. Entre os que têm mais de 80 anos, esse número sobe para 50%.
Os impactos de uma queda podem ir muito além de uma fratura. O Ministério da Saúde aponta que as quedas são a segunda principal causa de morte acidental em idosos no Brasil, ficando atrás apenas dos acidentes de trânsito. Isso ocorre porque, além das lesões imediatas, muitas outras complicações podem surgir após a queda, como infecções e imobilidade prolongada.
Por que idosos que caem têm maior risco de morte?
No episódio do podcast, o Dr. Paulo Camiz destacou algumas das principais razões que explicam esse aumento no risco de morte após uma queda:
O risco silencioso da pneumonia
Muitos idosos que sofrem quedas acabam ficando acamados por longos períodos. Isso aumenta significativamente o risco de pneumonia aspirativa, uma condição que ocorre quando saliva ou restos de alimentos entram nas vias respiratórias, levando a infecções pulmonares graves.
De acordo com estudos médicos, até 70% das mortes por pneumonia em idosos estão associadas à imobilidade prolongada após um evento traumático, como uma queda. Esse fator é ainda mais grave em pacientes que já possuem condições crônicas, como diabetes, insuficiência cardíaca ou câncer.
Fragilidade óssea e fraturas graves
A osteoporose, condição caracterizada pela perda de densidade óssea, torna os ossos dos idosos mais frágeis e propensos a fraturas. A fratura de fêmur é uma das mais preocupantes: segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), 20% dos idosos que sofrem fratura de fêmur morrem em até um ano após o evento devido às complicações associadas.
Além disso, cirurgias para reparação de fraturas em idosos apresentam maior risco de complicações, como trombose, infecções hospitalares e dificuldades na recuperação da mobilidade, o que aumenta o risco de morte.
Impacto na autonomia e qualidade de vida
Uma queda pode gerar muito mais do que consequências físicas. O impacto psicológico também é significativo. Muitos idosos que sofrem quedas desenvolvem medo de cair novamente, o que leva à redução da atividade física e ao isolamento social. Esse ciclo contribui para o enfraquecimento muscular, maior dependência de cuidadores e até o aumento do risco de depressão.
Estudos apontam que idosos que caem uma vez têm duas a três vezes mais chances de cair novamente nos meses seguintes. Isso cria um efeito dominó, onde o primeiro episódio desencadeia uma série de eventos que levam a uma piora progressiva da saúde.
Prevenção: o que pode ser feito para evitar quedas?
Felizmente, existem diversas estratégias para reduzir o risco de quedas em idosos. No podcast, o Dr. Paulo Camiz destacou a importância de duas abordagens principais:
Acompanhamento médico regular – O uso de alguns medicamentos pode causar tontura e afetar o equilíbrio do idoso. Um geriatra pode avaliar a necessidade de ajustes nas prescrições para minimizar esse risco.
Adaptação do ambiente – Grande parte das quedas ocorre dentro de casa, principalmente no banheiro, devido a pisos escorregadios e falta de apoio. Medidas simples, como instalar barras de segurança, evitar tapetes soltos e garantir boa iluminação, podem fazer toda a diferença.
Além disso, a atuação de profissionais como fisioterapeutas e gerontólogos pode ajudar na recuperação do equilíbrio e na adaptação dos espaços para proporcionar maior segurança.
Recomendação final
O risco de morte após uma queda em idosos não é um exagero, mas uma realidade respaldada por dados médicos e pesquisas. As complicações vão muito além da fratura em si, podendo incluir pneumonia, imobilidade prolongada e perda de autonomia, o que aumenta significativamente a vulnerabilidade do idoso.
Por isso, é fundamental que familiares, cuidadores e profissionais de saúde estejam atentos à prevenção de quedas e à promoção de um ambiente seguro para os idosos. Pequenas mudanças podem salvar vidas e garantir um envelhecimento mais saudável e ativo.
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