O que piora a síndrome do pânico? Quais os fatores criticos da psicopatologia? E como lidar diante de uma crise? Confira isso e muito mais.
É preciso estar sempre atento à saúde, e aqui não nos referimos apenas às condições físicas, que muitas vezes acabam se tornando prioridade na vida de muitas pessoas. A ansiedade é um dos principais aspectos a ficar atento, já que seu desequilíbrio pode desencadear distúrbios como a síndrome do Pânico.
Esse transtorno é diagnosticado em pessoas que vivenciam ataques de medo e pânico espontâneos e inesperados, com sintomas intensos e traumáticos. Afinal, será que há condições e fatores que podem agravar a síndrome do pânico? Confira a seguir.
O transtorno é tratado pela comunidade médica especializada em saúde mental, como sendo uma psicopatologia grave, necessitando de acompanhamento médico e tratamento quanto antes, isso devido à possibilidade do transtorno desencadear outras patologias, além do seu grau acentuado de incapacitação durante o seu curso.
O que pode agravar a síndrome do pânico?
Ainda não está claro para a medicina quais são os fatores que levam a uma crise de pânico. Portanto, é difícil definir o que poderia piorar essa síndrome, mas alguns cuidados podem ser tomados com a finalidade de evitar que isso aconteça. Nesse caso, a sabedoria popular se faz presente: é melhor prevenir do que remediar.
Primeiramente, é preciso entender que a síndrome do pânico é um dos diversos transtornos que podem se desenvolver em decorrência de um distúrbio de ansiedade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo – o equivalente a 9,3% da população brasileira convive com esse problema.
Fato que vem se agravando diante o cenário atual de pândemis do novo coronavírus.
A ansiedade tem diversas causas possíveis: genética, eventos traumáticos, cotidiano estressante e abuso de substâncias são algumas delas. Não há o que fazer com relação à predisposição genética, mas é possível realizar alguns ajustes para controlar as demais situações. Continue a leitura para saber mais.
Qual a melhor forma de encarar um trauma?
Muitos eventos traumáticos acontecem durante a infância e marcam pessoas para o resto da vida. Outros podem ocorrer durante a idade adulta, e ainda assim, ter muitos efeitos negativos. A melhor forma de lidar com os traumas é através da psicoterapia.
Durante as sessões, o psicólogo leva o paciente a elaborar a situação que causou o trauma, ajudando-o a compreender como isso o afetou e quais sentimentos, e percepções foram geradas a partir disso. Essa compreensão é fundamental para que o paciente possa seguir em frente, ressignificando a sua própria vivência e deixando de lado as limitações causadas pelo trauma.
Como lidar com o estresse?
Cotidiano agitado, grandes responsabilidades e pressão no trabalho, pouco tempo para o lazer e sono de má qualidade são alguns fatores que podem levar as pessoas a desenvolverem altos níveis de estresse.
Situações estressantes são responsáveis por aumentar o nível de hormônios como adrenalina e cortisol no organismo, substâncias que nos ajudam em momentos de ameaça, quando é necessário reagir lutando ou fugindo.
Uma das melhores formas para lidar com isso é mantendo uma rotina de exercícios físicos, que funcionam como substitutos para metabolizar esses hormônios. Manter o corpo ativo ajuda a produzir neurotransmissores que restauram o corpo e a mente para um estado mais calmo e relaxado.
Criar um ambiente favorável de relaxamento antes de dormir pode fazer toda a diferença para garantir boas noites de sono. Evite o uso de celular e outros tipos de telas algumas horas antes de dormir, mantenha o quarto sob meia-luz e coma alimentos leves durante a noite. Essa é uma maneira de dar sinais ao seu corpo que está na hora de relaxar. Alguns minutos de meditação antes de se deitar também são uma boa pedida.
Quanto à sobrecarga criada diante das responsabilidades do dia a dia, organizar uma lista de afazeres e obrigações vai te ajudar a clarear a mente, a definir prioridades e a organizar melhor seu tempo para executá-las. Evite guardar tudo na memória, isso pode criar um senso de urgência indefinido e potencializar o estresse.
Outro hábito fundamental para controlar os níveis de estresse é ser seletivo com as notícias que lê e os conteúdos que consome. É claro que manter-se informado é fundamental, mas alguns programas sensacionalistas podem colocar sem cérebro em modo de alerta, abrindo o caminho para a ocorrência de crises.
Se você gosta de tomar café, imponha um limite de consumo a si mesmo. Até 4 xícaras é o ideal para um adulto. Evite tomar a bebida após o final da tarde, pois a cafeína pode provocar insônia.
Agora você já sabe algumas maneiras de controlar o estresse no dia a dia e enfrentar traumas que tenha vivenciado anteriormente. Colocar essas dicas em prática vai te ajudar a fortalecer a sua saúde física, mas também a saúde mental contra possíveis desequilíbrios de ansiedade, evitando crises de pânico.
Se ainda assim ataques de pânico acontecerem, saiba o que fazer.
O que fazer durante uma crise de síndrome do pânico?
As crises de pânico acontecem subitamente, sem qualquer causa aparente. É formada por sintomas intensos, e apresentam uma sensação descrita por muitas pessoas como de morte iminente.
Muitos episódios podem ocorrer em circunstâncias cotidianas, que não apresentam qualquer ameaça. Ainda assim, a pessoa que tem síndrome do pânico pode enxergar perigo onde não tem, vivenciando um grande medo do que pode acontecer devido à falta de controle diante da situação.
Entenda o que fazer durante uma crise de pânico de modo a abrandar seus sintomas até ela passar? Confira algumas dicas.
1 – Procure um lugar onde você se sinta seguro
Se for possível, ao primeiro sinal dos sintomas de uma crise de pânico, procure um lugar fresco e arejado que lhe garanta alguma sensação de segurança e conforto. Evite se fechar sozinho em um cômodo.
Em seguida, sente-se ou fique agachado, em uma posição que lhe pareça confortável e que te ajude a relaxar.
2 – Mantenha o foco na respiração
Lembre-se que a respiração é a sua principal aliada. Inspire profundamente e solte lentamente o ar pela boca. Fica mais fácil se você contar o tempo da respiração: 2 segundos para a inspiração, e 4 segundos para a expiração, por exemplo, fazendo a saída do ar levar o dobro de tempo de entrada. Repita esse exercício por alguns minutos, isso vai te ajudar a tirar o foco dos sintomas por um tempo.
Exercícios de respiração são muito eficazes e podem proporcionar calma e relaxamento nos mais variados momentos do cotidiano. Procure praticá-los mesmo quando não estiver enfrentando uma crise. Os benefícios são diversos: relaxa os músculos, diminui o estresse e a ansiedade, melhora o equilíbrio, a autoestima e a concentração, entre outras vantagens.
3 – Use os sentidos
Com o auxílio dos seus sentidos, observe o que acontece à sua volta. Procure identificar aromas, sons, cores e movimentos ao seu redor. Tente descrevê-los em sua mente, com riqueza de detalhes. Isso ajuda a te trazer de volta para a realidade diante de um momento em que a sensação de morte parece concreta, embora não seja verdade.
4 – Tome seus medicamentos para a síndrome do pânico
Se você já está em tratamento, tome os medicamentos conforme orientado pelo seu psiquiatra.
Lembre-se: a saúde mental é tão importante quanto a saúde física
Uma vez negligenciada, a saúde mental gera não só sofrimento psíquico, mas também consequências ao nosso organismo como um todo. Por isso é fundamental ficar sempre atento aos sinais que nosso corpo e mente nos enviam, de modo a evitar que problemas evoluam e se tornem mais difíceis de serem revertidos.
Procurando um profissional para diagnosticar e tratar a Síndrome do Pânico? No BoaConsulta, você encontra os melhores Psicólogos e Psiquiatras especialistas em síndrome do pânico, agende sua consulta online e seja atendido por videochamada ou presencialmente.