Ilustração de mulher com esquizofrenia.

Descubra o que acontece se a esquizofrenia não for trata e quais são os níveis de incapacitação!

Por incrível que pareça, é muito comum que os portadores de determinadas doenças sejam pouco aderentes aos tratamentos propostos, por mais efetivos que seja. Quando falamos em transtornos de ordem mental, isso pode ser ainda mais recorrente. Por isso, entender o que acontece se a esquizofrenia não for tratada pode ser muito importante.

Nesse caso, não utilizar os medicamentos e as outras abordagens propostas pelos médicos é algo que pode ser perigoso inclusive para os familiares, uma vez que isso pode predispor ao agravamento do quadro e ao surgimento de surtos. Quer aprender mais sobre o tema? Então, continue lendo o post de hoje.

Afinal, o que é a esquizofrenia?

A esquizofrenia é um distúrbio de ordem mental, que afeta a capacidade de um indivíduo pensar, sentir e tomar decisões. O portador passa a se não agir com clareza e coerência, apresentando uma série de comportamentos não consonantes com a realidade e potencialmente perigosos. Por isso, o diagnóstico adequado é imprescindível.

Paciente com os primeiros sinais de esquizofrenia.
A esquizofrenia pode se desenvolver lentamente ou abruptamente.

Embora a sua causa exata não seja completamente esclarecida pela ciência, é aceito que o surgimento da doença se dê por uma combinação de fatores, que envolvem a genética da pessoa, o ambiente no qual ela vive, seus hábitos e eventuais alterações da química cerebral. Via de regra, o quadro se manifesta ao final da adolescência e começo da vida adulta.

Quais são os tipos de esquizofrenia?

Antes de entender o que acontece se a esquizofrenia, vale a pena conhecer os tipos de esquizofrenia. Embora essa classificação venha sendo menos utilizada atualmente, ela serve para uma melhor compreensão das implicações que a doença pode ter, com suas diferentes manifestações. Confira a seguir!

Esquizofrenia simples

A chamada esquizofrenia simples tem um desenvolvimento lento e progressivo, o que pode fazer com que surjam dúvidas e dificuldades para um rápido diagnóstico. Os sintomas demoram a ficar evidentes, mas costumam incluir mudanças de personalidade, o que ajuda a definir o quadro. Também podem ser notadas dificuldades na expressão e nas relações afetivas.

Esquizofrenia desorganizada

A esquizofrenia desorganizada, também chamada de hebefrênica, tem como característica principal o surgimento de falas e pensamentos sem sentido. O portador também tem dificuldades em assimilar a realidade, o que ocasiona regressão do comportamento, fazendo com que o adolescente ou jovem adulto tenha ações infantilizadas.

Esquizofrenia paranóide

Esse é o tipo de esquizofrenia mais comum e, possivelmente, o mais conhecido da sociedade geral. Isso ocorre porque os esquizofrênicos paranóides sofrem com delírios e alucinações auditivas, que são facilmente percebidas até por quem não é médico. Os portadores sentem medo e se isolam, com constantes ideias de perseguição.

Esquizofrenia catatônica

A esquizofrenia catatônica pode ser considerada como o tipo mais raro entre todos os listados aqui, não sendo comum mesmo para profissionais de saúde. Quando a pessoa é portadora da doença, ela tende a permanecer completamente quieta, se mantendo apática e podendo ficar por muitas horas na mesma posição. 

Esquizofrenia residual 

A esquizofrenia residual, como o próprio nome já diz, consiste em alterações de comportamento relacionadas com o convívio social do paciente, que persistem depois que o portador de algum dos outros tipos da doença passa pelo tratamento. Ou seja, não é uma patologia em si, mas sim um resquício de condutas e sintomas anteriores.

Esquizofrenia indiferenciada

Por fim, o último dos tipos de esquizofrenia dessa lista é a indiferenciada. Ela tem esse nome porque o portador não costuma apresentar características específicas, exibindo uma série de sintomas variáveis do quadro. Dessa forma, os médicos não conseguem enquadrar o paciente em outra modalidade, apenas classificando-o como esquizofrênico.

Quais os tratamentos para a esquizofrenia?

Agora, vamos falar sobre os tratamentos disponíveis para os pacientes que sofrem de esquizofrenia. Vale lembrar que a abordagem de maior sucesso é multidisciplinar, incluindo várias condutas diferentes e complementares, que devem ser prescritas por um médico de confiança o quanto antes. Acompanhe.

Medicamentos

Não dá para falar em tratamentos para a esquizofrenia sem citar a abordagem medicamentosa. Ela avançou bastante e é o principal alicerce para o controle do transtorno na atualidade. O uso de remédios deve ser feito de acordo com a prescrição médica, de maneira contínua, ajudando a diminuir sintomas, melhorar as crises e prevenir recaídas.

Psicoterapia

A psicoterapia também é uma arma muito relevante no tratamento de portadores de esquizofrenia e faz parte da aceitação do problema. Ela pode ser feita individualmente ou em grupo, fornecendo uma poderosa ajuda para que o paciente possa melhorar em suas relações sociais, restabeleça padrões emocionais e organize seus pensamentos.

Hospitalização

A possibilidade de hospitalização está prevista na legislação brasileira e deve ser considerada quando as abordagens extra-hospitalares se mostrarem pouco ou nada eficientes. Ela é fundamental quando o portador de esquizofrenia está em crises graves ou apresentando sintomas severos, que comprometam sua capacidade e discernimento.

Apoio familiar

O apoio familiar é essencial para a saúde mental de qualquer pessoa. Com a esquizofrenia, a coisa não muda de figura, sobretudo se considerarmos que é uma doença multifatorial e altamente estigmatizada na sociedade. Os parentes podem oferecer suporte, ajudar na administração dos medicamentos e na identificação precoce dos sintomas.

O que acontece se a esquizofrenia não for tratada?

É preciso compreender que, sem tratamento, esquizofrenia piora a cada crise. A doença não tem cura, mas com a descoberta de vários medicamentos e seguindo a conduta proposta, o prognóstico pode ser muito melhor. Como dissemos, tudo depende de um manejo adequado, uma boa prescrição, psicoterapia e consultas regulares com o médico.

Pessoas tomando remédio e fazendo terapia para esquizofrenia.
Com o tratamento adequado a pessoa pode ter uma vida normal.

Vale ressaltar que é muito comum que o paciente melhore com o uso dos remédios e se “esqueça” que sofre do quadro, abandonando o tratamento. Isso pode ser extremamente perigoso, predispondo a surtos mais frequentes, perdas cognitivas, problemas de socialização e até ao suicídio. Para evitar que isso ocorra, o apoio familiar segue sendo imprescindível.

Agora você já sabe o que acontece se a esquizofrenia não for tratada. Se você tem algum desses sintomas ou já observou algum sinal em seus familiares, não deixe de marcar um atendimento presencial ou uma teleconsulta com um médico de confiança.

Gostou de aprender o que acontece se a esquizofrenia não for tratada? Então, não deixe de conferir nosso outro post “Esquizofrenia: Sintomas, Causas, Diagnóstico e Tratamento”.

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