A Idade Ideal para Mulheres e Homens Começarem a Prevenir o Infarto!

No episódio 09 do podcast “Papo com Especialista”, tivemos o enorme prazer de receber a médica cardiologista, Dra. Marcia Cardoso. Neste vídeo, ela nos explica tudo sobre o temido ataque cardíaco, também conhecido como infarto, e ainda responde a uma série de dúvidas sobre o assunto.

Neste trecho do podcast completo, a Dra. Marcia explica a partir de qual idade mulheres e homens devem começar a se prevenir dos fatores de risco para o infarto e qual grupo apresenta maior risco.

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A prevenção do infarto é uma questão essencial para a saúde de homens e mulheres. No entanto, a idade em que se deve começar a se preocupar com a prevenção pode variar de acordo com diversos fatores, como o estilo de vida e a predisposição genética.

De modo geral, recomenda-se que os homens comecem a realizar consultas regulares para monitorar o risco de infarto a partir dos 40 anos.

Para as mulheres, a atenção se torna ainda mais relevante na fase pós-menopausa, quando a redução do nível de estrogênio contribui significativamente para o aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Diferenças de Risco entre Homens e Mulheres

Historicamente, acreditava-se que os homens estavam mais propensos a infartos do que as mulheres. No entanto, o cenário moderno tem mostrado que, com a mudança dos papéis sociais, as mulheres estão expostas aos mesmos fatores de risco que os homens.

A vida agitada, o estresse diário, o consumo de álcool e tabaco, além da falta de tempo para atividades físicas, são elementos que igualam os riscos de infarto para ambos os sexos. Além disso, as mulheres frequentemente enfrentam uma “jornada tripla”, dividindo-se entre trabalho, casa e cuidados familiares, o que aumenta ainda mais o nível de estresse e, consequentemente, o risco cardíaco.

Fatores de Risco para o Infarto

Os principais fatores de risco para o infarto, tanto em homens quanto em mulheres, incluem:

Estresse: O estresse crônico é um dos principais vilões para a saúde cardiovascular. No caso das mulheres, ele pode ser intensificado pela carga emocional de administrar trabalho, casa e família.
Sedentarismo: A falta de exercícios físicos regulares compromete a saúde do coração e dos vasos sanguíneos.
Tabagismo e Consumo de Álcool: Esses hábitos aumentam significativamente o risco de doenças cardíacas.
Redução do Estrogênio nas Mulheres: Na pós-menopausa, a redução dos níveis de estrogênio aumenta o risco de problemas cardíacos nas mulheres.
Hipertensão: A pressão alta é um dos principais fatores de risco para o infarto. O controle regular da pressão arterial é essencial para a prevenção.
Colesterol Alto: Níveis elevados de colesterol ruim (LDL) podem levar ao acúmulo de placas nas artérias, aumentando o risco de infarto.
Histórico Familiar: Pessoas com histórico familiar de doenças cardíacas têm um risco aumentado e devem ter uma atenção especial na prevenção.

Sintomas do Infarto em Homens e Mulheres

Os sintomas do infarto podem diferir entre homens e mulheres, o que torna importante reconhecer essas diferenças:

Homens: Os sintomas mais comuns incluem dor intensa no peito, sensação de aperto, dor irradiando para o braço esquerdo, sudorese e falta de ar.
Mulheres: Muitas vezes, os sintomas nas mulheres são mais sutis e incluem fadiga extrema, falta de ar, náuseas, dor no pescoço, mandíbula ou nas costas. Esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, o que dificulta o diagnóstico precoce.

Consultas Regulares e Prevenção

As consultas regulares são essenciais para a prevenção do infarto. Muitas mulheres costumam se cuidar mais do que os homens, realizando exames preventivos com maior frequência. No entanto, é comum que os homens só procurem atendimento médico quando encorajados por suas esposas ou parceiras. É importante que todos, independentemente do gênero, reconheçam a importância de um acompanhamento médico regular para a prevenção eficaz.

Além das consultas regulares, é fundamental realizar exames específicos, como eletrocardiograma (ECG), teste de esforço, dosagem de colesterol e avaliação da pressão arterial. Esses exames ajudam a identificar possíveis problemas antes que eles se tornem graves.

Quem Tem Mais Propensão ao Infarto?

Embora os homens apresentem uma propensão maior a infartos em idades mais jovens, as mulheres, principalmente após a menopausa, são cada vez mais afetadas. Estudos mostram que as mulheres podem ser mais suscetíveis a infartos fatais, especialmente devido ao fato de que muitas vezes os sintomas são ignorados ou confundidos com outros problemas de saúde menos graves. Além disso, as mulheres tendem a desenvolver doenças cardíacas em idade mais avançada, mas, quando isso acontece, o prognóstico costuma ser pior.

Como Prevenir o Infarto?

A prevenção do infarto passa pela adoção de um estilo de vida saudável. Algumas formas de prevenção incluem:

Praticar Exercícios Físicos: Realizar atividades físicas regularmente ajuda a manter o coração saudável e a reduzir os níveis de estresse. Recomenda-se pelo menos 150 minutos de atividade moderada por semana.
Alimentação Balanceada: Uma dieta rica em frutas, legumes, verduras, grãos integrais e com baixo teor de gordura e sal é fundamental para manter o coração em boas condições. O consumo de alimentos ricos em ômega-3, como peixes, também é benéfico para a saúde cardiovascular.
Evitar Tabaco e Álcool em Excesso: Esses hábitos prejudicam a saúde cardiovascular e devem ser evitados ou reduzidos. O tabagismo, em especial, é um dos maiores fatores de risco para doenças cardíacas.
Controle do Estresse: Buscar formas de relaxamento e técnicas de controle de estresse, como meditação, yoga ou terapias, pode ajudar a diminuir o risco. Praticar hobbies e atividades que proporcionem prazer também é uma maneira eficaz de reduzir o estresse.
Acompanhamento Médico Regular: Realizar exames periódicos e acompanhar a saúde do coração é essencial, especialmente a partir dos 40 anos para os homens e após a menopausa para as mulheres.
Controle do Peso: Manter um peso saudável é fundamental para reduzir o risco de infarto. O excesso de peso está associado ao aumento da pressão arterial e ao colesterol alto, ambos fatores de risco para doenças cardíacas.
Controle da Glicose: O diabetes é um fator de risco importante para o infarto. Manter os níveis de glicose sob controle, por meio de dieta, exercícios e medicação, é crucial para a prevenção.

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