Quais São as Consequências da Remoção do Menisco?

Quais São as Consequências da Remoção do Menisco? Especialista explica!

Este é um trecho do podcast completo, no qual o Dr. Adriano Leonardi fala exclusivamente sobre lesões meniscal. Neste corte, o especialista explica se há consequências na remoção do menisco e como isso pode afetar o paciente a médio e longo prazo.

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A remoção do menisco, ou meniscectomia, é uma intervenção cirúrgica realizada quando o menisco, uma estrutura cartilaginosa que age como amortecedor entre os ossos do joelho, está gravemente lesionado.

Embora a meniscectomia possa trazer alívio imediato da dor e melhorar a mobilidade, ela não está isenta de consequências a longo prazo.

Neste post, entenderemos os impactos da remoção do menisco, com destaque para o prognóstico de diferentes pacientes e as complicações potenciais a longo prazo, com base em pesquisas científicas e experiências clínicas.

O Papel do Menisco no Joelho

O menisco tem a função de amortecer impactos, distribuir a carga de peso pelo joelho e proteger as superfícies articulares. Existem dois meniscos em cada joelho: o medial (interno) e o lateral (externo). Sua remoção parcial ou total pode alterar a biomecânica do joelho, resultando em maior pressão sobre as superfícies articulares, o que pode desencadear uma série de complicações no futuro.

Consequências da Remoção do Menisco

A remoção do menisco, principalmente em pessoas mais jovens, pode ser bastante prejudicial a longo prazo. Estudos mostram que a ausência do menisco aumenta a probabilidade de desenvolver osteoartrite devido ao aumento da carga de pressão sobre a cartilagem.

Segundo um estudo publicado no American Journal of Sports Medicine, indivíduos que passaram por meniscectomia têm um risco elevado de desenvolver artrose precoce no joelho. Esse risco é especialmente maior para aqueles que tiveram o menisco medial removido, já que ele suporta a maior parte do peso corporal.

Prognóstico em Diferentes Idades

A idade do paciente é um fator crucial no prognóstico pós-meniscectomia. Pacientes mais jovens, devido à maior atividade física e maior expectativa de vida, correm mais riscos a longo prazo.

Quanto mais cedo o menisco for removido, maior a chance de desenvolvimento de doenças degenerativas, como a osteoartrite. Estudos sugerem que, em pacientes jovens, a preservação do menisco deve sempre ser uma prioridade, quando possível.

Por outro lado, em pacientes mais velhos, a remoção do menisco pode ter menos impacto, uma vez que a degeneração articular já pode estar em progresso devido ao envelhecimento natural. Entretanto, é importante considerar outros fatores, como o alinhamento do joelho, que pode influenciar no prognóstico.

Joelho Valgo e Joelho Varo: Impactos Diferentes

O tipo de alinhamento do joelho também afeta o prognóstico após a remoção do menisco. Pacientes com joelho varo (conhecido como “joelho de cowboy“), que coloca mais pressão sobre o menisco medial, enfrentam um prognóstico pior se este menisco for removido.

Isso porque o menisco medial é o principal amortecedor dessa articulação, e sua ausência aumenta o desgaste da cartilagem articular. Já em casos de joelho valgo, o desgaste ocorre mais no lado lateral (externo), onde a degeneração é mais lenta, resultando em um prognóstico um pouco mais favorável.

De acordo com o Journal of Bone and Joint Surgery, pacientes com desalinhamento severo e remoção do menisco podem necessitar de cirurgia de realinhamento (osteotomia) ou até mesmo de substituição articular (prótese de joelho) mais cedo do que o esperado.

Consequências a Longo Prazo

Muitos pacientes que removem o menisco enfrentam complicações após 10, 15 ou até 20 anos. A principal consequência é a artrose, que pode se desenvolver em graus variados de gravidade. Além da dor crônica e da rigidez, a função do joelho pode ser prejudicada, impactando a qualidade de vida do paciente.

Mesmo com a fisioterapia, os resultados a longo prazo podem ser insatisfatórios, especialmente em pacientes que retornam a atividades de alto impacto, como esportes.

Alternativas à Remoção Total do Menisco

Nos últimos anos, houve uma mudança no tratamento de lesões meniscais, com uma preferência crescente pela preservação do menisco. Sempre que possível, o reparo meniscal é preferido em vez da remoção total, especialmente em pacientes mais jovens e ativos.

O reparo permite que o menisco cicatrize, mantendo sua função de amortecedor. Um estudo de 2016 publicado no American Orthopaedic Society for Sports Medicine mostra que pacientes submetidos a reparo meniscal têm melhores resultados funcionais e menor incidência de osteoartrite em comparação com aqueles que tiveram o menisco removido.

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