Mulher jovem com dificuldade para respirar devido a crise de asma.

Como saber se uma pessoa tem asma e como é feito o diagnóstico?

A asma é uma condição de saúde que atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, e é caracterizada por quadros de tosse intensa, sensação de falta de ar, aperto no peito e crises respiratórias que podem ocorrer entre 1 e 4 vezes ao ano, dependendo da gravidade do quadro de cada paciente. Mas como saber se uma pessoa tem asma? Continue lendo para descobrir tudo sobre o assunto.

A grande maioria dos casos de asma é descoberto ainda na infância, quando a criança começa a apresentar dificuldades respiratórios e crises alérgicas recorrentes. Porém, em situações mais brandas, o paciente só descobre que tem asma durante a vida adulta.

Enquanto em alguns casos apenas avaliar os sintomas e investigar quadros de asma na família seja o suficiente, em outros pode ser necessário submeter-se a vários tipos de exames para confirmar a suspeita.

Para você entender melhor como saber que o paciente é asmático e quais exames deve-se fazer, separamos um post explicativo sobre o assunto para tirar todas as suas dúvidas. Veja a seguir!

Como saber se uma pessoa tem asma?

Existem diversas formas que o médico utiliza para identificar a doença, mas a avaliação clínica e o exame são as formas mais eficientes, confira como tudo é feito.

Avaliação clínica

O primeiro passo para descobrir se o paciente é portador da asma é fazer uma avaliação clínica, que consiste em analisar os sinais e sintomas que a pessoa apresenta, além de avaliar o histórico familiar e presença de uma possível alergia.

Os sintomas que ajudam a confirmar o diagnóstico são:

  • chiado ao respirar;
  • falta de ar;
  • tosse intensa;
  • dificuldade para encher o pulmão de ar;
  • aperto no peito.

Outra situação que também demanda a atenção do médico são as crises noturnas, que muitas vezes podem acordar o paciente pela falta de ar durante o sono.

O que o paciente deve dizer ao médico durante a avaliação clínica?

É importante que o paciente dê ao médico todas as informações necessárias para que o diagnóstico seja feito de forma mais precisa e mais rapidamente, incluindo o tempo de duração das crises, intensidade, frequência e quais atividades estava praticando na hora que a crise foi desencadeada. 

Exames

Depois da avaliação clínica, o médico pode sentir necessidade de solicitar exames de asma específicos para descartar ou confirmar as suspeitas da doença.

O exame mais indicado para isso é a espirometria, cuja finalidade é identificar o estreitamento dos brônquios por meio da avaliação da quantidade de ar que o paciente consegue expirar depois de uma respiração profunda, além da rapidez que ele é expelido.

Paciente homem assoprando no espetrômetro.
Homem realizando teste de espirometria para identificar possível quadro de asma.

Em seguida, de acordo com o resultado do exame, o médico também poderá solicitar:

  • exames de sangue;
  • raio X do tórax;
  • tomografia computorizada.

No entanto, esses exames normalmente não são usados para diagnosticar asma e sim para descartar outros possíveis problemas pulmonares como pneumotórax e pneumonia, por exemplo.

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Quais os critérios usados pelo médico para o diagnóstico da asma?

Para que o paciente seja diagnosticado com asma, o médico normalmente leva as seguintes informações em consideração:

  • 3 ou mais episódios de chiado na hora de respirar nos últimos 12 meses;
  • sintomas como tosse, falta de ar, chiado ao respirar, aperto no peito por mais de 2 meses, especialmente à noite ou pela manhã;
  • resultados positivos nos exames de diagnóstico da asma;
  • exclusão de outras doenças como bronquiolite, apneia do sono ou insuficiência cardíaca;
  • histórico familiar de asma;
  • melhora dos sintomas depois do uso de medicamentos para asma como anti-inflamatórios e broncodilatadores.

Como saber qual é a gravidade da asma?

Depois da confirmação do diagnóstico, o médico deverá identificar qual a gravidade dos sintomas, além de entender alguns fatores que podem desencadear cada um deles. A partir disso, o médico saberá adaptar as doses dos medicamentos e tipos de remédios que serão utilizados.

Para saber a gravidade do quadro, normalmente considera-se:

  • asma leve: sintomas semanais, crises noturnas mensais, necessidade de usar broncodilatador apenas ocasionalmente, limitação das atividades nos momentos de crise e crises que afetam o sono e as atividades;
  • asma moderada: sintomas diários, crises noturnas semanais, necessidade de usar broncodilatador diariamente, limitação das atividades nos momentos de crises e crises que afetam o sono e as atividades;
  • asma grave: sintomas diários e contínuos, crises noturnas quase diariamente, necessidade de usar broncodilatador diariamente, limitação das atividades contínua e crises que afetam as atividades frequentemente.

A partir do diagnóstico da gravidade da asma, o especialista deverá orientar o tratamento mais adequado, que de modo geral envolve medicamentos anti-inflamatórios e broncodilatadores.

O que desencadeia os sintomas e crises de asma?

Normalmente o que desencadeia as crises da asma são alterações climáticas, mofo, poeira, tecidos específicos como lãs e uso de certos medicamentos.

Em alguns casos, o paciente identifica fatores específicos que desencadeiam os sintomas apenas ao longo dos anos e não no momento do diagnóstico, o que deve ser sempre informado ao médico.

Mulher usando bombinha de asma ao tirar pó.
Mulher com agravamento da asma ao ter contato com poeira.

Durante o tratamento, é essencial que o paciente evite contato com esses agentes para amenizar os sintomas.

Agora que você aprendeu como saber se uma pessoa tem asma, não deixe de procurar um médico caso note alguns dos sintomas citados acima ou caso tenha histórico de asma na família e desconfie de um possível quadro.

Não deixe de informar o profissional a respeito dos seus sintomas, frequência das crises e possíveis agentes que fazem o quadro piorar.

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