Descubra Como as Vacinas Agem no Organismo? E qual a importância delas para a população!
Em todos os cantos do Brasil e do mundo, um dos assuntos mais comentados é a vacinação. E não seria para menos, afinal, estamos vivenciando a pandemia de COVID-19 e a única maneira de sair dela é prevenindo novos casos. E é aí que entra as vacinas, mas como funcionam as vacinas? E qual a importância delas para o mundo? Continue lendo!
Essa é uma dúvida legítima, que a resposta nem sempre é clara para as pessoas e pode levar a opiniões equivocadas. Por isso, vamos explicar de maneira simples e objetiva tudo que você precisa saber sobre vacinas.
Embora seja um assunto atual, os benefícios delas para a população não vêm de hoje. Diversas doenças foram erradicadas no Brasil e no mundo, graças as campanhas de vacinação, a título de exemplo temos a varíola e da poliomielite.
Entenda como funcionam as vacinas
Para entender a atuação da vacina no organismo, é preciso ter uma pequena noção sobre sistema imune. Acompanhe!
Sistema imunológico
Basicamente, o sistema imune é a defesa do nosso corpo, as células que o compõem formam um exército para combater tudo que é estranho e invade o organismo. Então, se voltam contra vírus, bactérias, fungos, parasitas e outras partículas estranhas.
Para isso, passam por algumas fases antes de atacar o invasor. Primeiro, reconhecem que aquilo é algo exógeno, ou seja, que não é próprio do organismo. Depois, vem a defesa em si, como se as células organizassem a melhor maneira de atacar e eliminar o patógeno.
Em alguns casos, a defesa é permanente, como ocorre na catapora. Se você tem uma vez, os anticorpos produzidos contra o vírus da doença continuam no organismo. Assim, numa segunda infecção, nem dá tempo de a doença se manifestar. Logo é combatida!
Porém, em outros casos, os vírus sofrem mutações, de modo que a defesa não o reconhece nas infecções posteriores. É o caso, por exemplo, da gripe. Isso explica porque temos tantos resfriados ao longo da vida.
Ação das vacinas
Agora que você já sabe como funciona o sistema imune, vamos entender qual a associação com as vacinas. O objetivo principal delas é estimular a produção de anticorpos, a fim de evitar a manifestação de uma doença após infecção.
Para isso, ao serem formuladas, as vacinas contêm componentes que vão mobilizar o organismo a criar sua defesa. O melhor de tudo é que o estímulo não induz à infecção, ou seja, resulta apenas na formação de anticorpos.
Então, é uma maneira de preparar seu corpo para combater possíveis infecções futuras. Quer um exemplo? A vacina de BCG, que deixa aquela marquinha no braço direito, previne contra formas graves de tuberculose.
E existem tantas outras vacinas, como a vacina do HPV, por exemplo.
Veja quais as etapas para fabricação de uma nova vacina
Diante de um papel tão importante, é preciso muito cuidado na elaboração da vacina. A ciência não dá salto, por isso cada etapa é essencial para o resultado.
Primeira etapa
Logo no início, é preciso definir o que exatamente será utilizado para estimular o sistema imune. Será que vai um pedacinho do microrganismo em conjunto com alguma outra proteína? Ou será que vai ser o próprio patógeno morto? Essas são perguntas muito importantes.
É possível, ainda, utilizar uma versão atenuada de vírus, que seja suficiente para estimular a resposta, mas insuficiente para causar a doença. São diversas possibilidades e cada uma é analisada cuidadosamente para dar o primeiro passo na produção.
Segunda etapa
Aqui, os pesquisadores já sabem quais serão os componentes da vacina. Chegou, então, o momento de testá-la em modelos celulares. Então, os testes podem ser in vitro ou in vivo.
No caso do primeiro, são utilizadas células extraídas de seres vivos, mas a manipulação ocorre em laboratório. Já no teste in vivo, as vacinas são aplicadas em mamíferos, como coelhos, camundongos e macacos.
A segunda etapa marca o fim da etapa pré-clínica.
Terceira etapa
Aqui, inicia a etapa clínica, ou seja, com testes em humanos. Na primeira fase desta etapa, os pesquisadores buscam avaliar qual a segurança da vacina. Então, o objetivo maior é analisar os efeitos adversos, se eles contraindicam a vacinação.
Já na segunda fase da etapa clínica, é feito o cálculo de imunogenicidade. Isso significa estimar a eficácia da vacina, ou seja, o quanto ela resultou na produção de anticorpos.
Por fim, na terceira etapa a eficácia é analisada em milhares de pessoas. Aqui, vemos um estudo duplo cego, ou seja, nem os participantes, nem o pesquisador vão saber quem recebeu a vacina e quem recebeu placebo.
Ao final de tudo, cabe aos órgãos de regulamentação do país determinarem se a vacinação em massa pode ou não acontecer. No Brasil, esta responsabilidade recai sobre a Anvisa.
Saiba a importância da vacinação
Uma vez que a vacina tenha sido aprovada e devidamente regulamentada, é hora da população fazer sua parte. Isso porque existe um conceito fundamental chamado “imunidade de rebanho” ou “imunidade coletiva”.
Ela retrata a necessidade de imunizar pelo menos 95% da população para conter a propagação da doença na sociedade. Foi graças a isso que várias doenças foram erradicadas e eliminadas ao longo da história.
A varíola, por exemplo, teve os últimos casos mundiais em 1980 e a poliomelite foi eliminada do Brasil em 1994, restando poucos casos em outros países. Já o sarampo havia sido eliminado em 2016, mas a diminuição na taxa de vacinação resultou em surtos no país.
Com isso, percebemos a importância da vacinação não só para diminuir o número de casos, mas também para manter a população livre da doença. É como um pacto social, onde cada pessoa protege a si mesma e aos demais.
Por isso é tão importante informar as pessoas sobre a importância da vacina e esclarecer as dúvidas. A desinformação pode ser crucial em prejudicar um processo tão importante que deveria estar bem alinhado entre todos.
Esperamos ter esclarecido como funcionam as vacinas e como elas são produzidas. É importante ressaltar que na fase clínica da elaboração, as reações adversas e as contraindicações são devidamente determinadas.
Tudo isso é analisado pelo órgão regulamentador de cada país, de modo que nenhuma vacina insegura seria aprovada. Reações simples, como dor no local da aplicação e febre baixa são normais e não deve ser motivo para preocupação.
Muito explicativo e de grande utilidade.
Olá Rita, como vai?
Obrigado pelo seu comentário, ficamos felizes em ajudar.