Como é feita a cirurgia de pedra na vesícula? Entenda como funciona todo o processo e a importância!
Quem nunca ouviu falar sobre a retirada da vesícula? Pois bem, isso não é algo tão raro na população. Diante das doenças que podem acometer o órgão, a mais comum é a colelitíase. É por esse motivo que tantas pessoas fazem a cirurgia de pedra na vesícula.
Mas afinal, será que é tranquilo remover um órgão assim? Na verdade, a vesícula atua como uma gaveta. Sendo assim, ela serve apenas para armazenar uma substância produzida em outro local.
Tal substância é indispensável para uma boa digestão. Portanto, após a cirurgia, a produção não é interrompida, mas o problema das pedras deixa de existir. Está tudo muito confuso? Continue a leitura para entender!
Entenda a função da vesícula biliar
A vesícula biliar é um órgão que fica localizado muito próximo ao fígado. Se for para indicar no corpo, é mais ou menos na parte superior do abdome, à direita. Essa proximidade não é à toa: é o fígado o grande responsável pela produção da bile.
A bile, por sua vez, é composta, principalmente, por colesterol. É ela quem vai auxiliar no processo de digestão, sobretudo de gorduras. Então, aquilo que é produzido no fígado é armazenado na vesícula.
Para controlar a digestão, diversos estímulos são enviados para os órgãos envolvidos no processo. Por enquanto, não vale a pena aprofundar a questão hormonal e neurológica. Basta saber que, após um sinal, a vesícula libera aquela bile armazenada.
Concluímos, então, que após a cirurgia de pedra na vesícula, o corpo deixa de apresentar um depósito de bile. Porém, como a produção não é interrompida, a digestão segue conforme o esperado.
Saiba o que pode causar problemas
Se a vesícula precisa ser retirada, quer dizer que houve algum problema, certo? Começando pelo menos frequente, é possível que haja a formação de pólipos. Eles são pequenas proeminências na parede interna do órgão.
Nesse caso, é importante retirar a vesícula, pois, dependendo do tamanho deles, há um maior risco de se transformar em câncer. Porém, a causa mais comum da cirurgia de vesícula é a colelitíase.
Ela, por sua vez, figura como a produção de cálculos na vesícula. Eles são compostos, principalmente, por colesterol. Além disso, os tamanhos são variados, abrangendo desde microcálculos até cálculos maiores.
Por incrível que pareça, os pequenos são os mais perigosos. Isso porque eles podem sair da vesícula e cair no tubo digestivo. A partir do momento que ganham outros territórios, há maior risco de impactarem em locais prejudiciais ao paciente.
Quer um exemplo? Imagine o que aconteceria se o microcálculo obstruísse a saída do pâncreas. Poderia ser motivo de uma pancreatite! Já os cálculos maiores geralmente ficam restritos à vesícula.
Conheça os principais sintomas
Diante das possibilidades acima, podemos concluir que cada uma delas vai gerar algum tipo de manifestação. Claro, tudo vai depender de onde o cálculo está. Se ele obstruir a saída da vesícula, a bile não será liberada.
Como ela ajuda na digestão de gorduras, uma pessoa com pedra na vesícula tende a sentir desconforto estomacal logo após a ingestão de comidas mais pesadas. Portanto, não é incomum a queixa de dor, náuseas e vômitos.
Uma outra possível consequência é a colecistite. Nesse caso, a bile ficou totalmente presa dentro da vesícula. Isso aumenta o risco de proliferação bacteriana no local e, com isso, vemos a infecção do órgão.
Aqui, os sintomas seriam um pouco mais graves, chegando à febre e a uma possível peritonite, ou seja, inflamação da camada que reveste o abdome. Sem dúvidas, requer cuidados imediatos para tratamento.
Nos casos ainda mais graves, os cálculos podem ganhar outros trajetos do tubo digestivo e provocarem manifestações específicas. Exemplo disso é quando ocorre icterícia, ou seja, o indivíduo fica amarelinho.
Isso acontece porque nem a bile da vesícula nem a produzida pelo fígado conseguem ser eliminadas, já que existe um cálculo no caminho de ambas.
Descubra como é feito o diagnóstico
Acima, vimos alguns sintomas clássicos dos problemas na vesícula. Perceba que o início de tudo é uma simples colelitíase. Porém, se não for tratada, a pedra na vesícula pode acarretar em condições mais graves.
Sendo assim, o ideal é fazer o diagnóstico o quanto antes. Para isso, diante de qualquer sintoma relatado, é importante que a pessoa busque ajuda médica. Inicialmente, os aspectos clínicos vão guiar o diagnóstico.
A partir daí, podem ser solicitados outros exames, como laboratoriais e de imagem. No primeiro caso, existem marcadores que sugerem a não eliminação da bile. Exemplo disso é a fosfatase alcalina e a gama-GT. Se suspeitar de icterícia, é interessante solicitar as bilirrubinas.
Agora, na parte de imagem, o grande destaque vai para o ultrassom. Como a bile é composta, basicamente, por colesterol, nem o raio X e nem a tomografia são bem indicados.
Por outro lado, a ultrassonografia será essencial para essa avaliação. O exame permite, ainda, diferenciar pólipos de pedras. Permite, também, avaliar o tamanho de cada um.
Veja como é a cirurgia de pedra na vesícula
Finalmente, o tratamento! Embora existam medicamentos para tentar dissolver as pedras, os resultados não foram satisfatórios.
Sem dúvida, a grande maneira de resolver é por meio da retirada da vesícula. Se a pessoa nunca tiver apresentado sintomas, ou seja, se foi uma descoberta acidental em exame de imagem, há a possibilidade de esperar.
Porém, a partir do momento que apresentou um quadro de sintomas, é aconselhado se preparar para a cirurgia. Isso porque a chance de apresentar novo quadro é muito alta. Então, quanto antes resolver, menor o risco de complicações.
A cirurgia, em si, é bem simples, sobretudo se for realizada por videolaparoscopia. São feitos pequenos furinhos e, por meio de pinças, o cirurgião manipula o interior.
Da mesma forma como o procedimento é tranquilo, o pós-operatório também é. Então, a recuperação tende a ser bem rápida e a melhora na qualidade de vida é evidente.
Em suma, a cirurgia de pedra na vesícula pode ser feita por via aberta ou por vídeo. Seja qual for, os riscos para o paciente são pequenos. Não se esqueça de duas coisas importantes: o corpo não para de produzir bile e, quanto mais cedo o diagnóstico, menor o risco de complicações. Sendo assim, se você já sentiu algum tipo de desconforto após se alimentar, não deixe de buscar ajuda médica para melhores cuidados.
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