Quais são as Causas do Câncer Colorretal? Especiaista Explicaas 15 Principais!
No episódio 06 do podcast Papo com Especialista, produzido pelo BoaConsulta, tivemos o prazer de receber o Dr. Jorge Henrique Reina, especialista em cirurgia robótica do aparelho digestivo, coloproctologia e cirurgia oncológica. Este é um trecho do podcast completo, no qual o Dr. Jorge fala exclusivamente sobre o câncer colorretal.
Neste corte, o especialista nos explica quais são as causas mais comuns da doença, que vão desde hábitos de vida a questões hereditárias. Além disso, ele nos oferece um panorama sobre os cuidados e exames regulares com o objetivo de prevenir o surgimento da doença ou descobri-la enquanto é cedo.
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O câncer colorretal é uma condição multifatorial, o que significa que várias causas e fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento da doença. Além dos fatores de risco tradicionais, como idade avançada e histórico familiar, há uma série de outras causas reais que podem influenciar o aparecimento deste tipo de câncer.
No vídeo, exploramos algumas dessas causas em detalhes, destacando tanto os fatores modificáveis quanto aqueles que estão além do nosso controle. Confira as principais a seguir.
1. Fatores Genéticos e Hereditários
Embora os cânceres colorretais hereditários representem uma parcela menor dos casos totais, eles são altamente significativos. Síndromes genéticas como a Síndrome de Lynch e a Polipose Adenomatosa Familiar (PAF) aumentam dramaticamente o risco de desenvolver câncer colorretal.
Na Síndrome de Lynch, por exemplo, mutações em genes responsáveis pela reparação do DNA defeituoso levam a um risco elevado não só para o câncer colorretal, mas também para outros tipos, como câncer de ovário e de endométrio. Pacientes com histórico familiar dessas síndromes precisam de vigilância precoce e rigorosa.
2. Fatores Alimentares
A dieta desempenha um papel crucial no desenvolvimento do câncer colorretal. O consumo excessivo de carnes vermelhas e carnes processadas (como bacon, salsichas e embutidos) está fortemente associado a um risco aumentado.
Esses alimentos, quando submetidos a altas temperaturas, produzem compostos cancerígenos como as aminas heterocíclicas e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos.
Além disso, uma dieta pobre em fibras e rica em gorduras saturadas pode alterar a microbiota intestinal, aumentando a inflamação e a produção de substâncias que promovem o crescimento de células cancerígenas.
3. Inatividade Física
A falta de exercício físico regular é um fator de risco importante e, ao mesmo tempo, modificável. A atividade física ajuda a manter um peso corporal saudável, melhora a motilidade intestinal e reduz a inflamação sistêmica.
Estudos sugerem que pessoas que são fisicamente ativas têm um risco até 24% menor de desenvolver câncer colorretal em comparação com aquelas que são sedentárias.
4. Obesidade e Síndrome Metabólica
A obesidade, especialmente a obesidade abdominal, é um fator de risco significativo para o câncer colorretal. O excesso de gordura visceral aumenta a produção de hormônios como a insulina e o fator de crescimento semelhante à insulina (IGF), que podem promover o crescimento de células tumorais.
Além disso, a obesidade está associada a uma inflamação crônica de baixo grau, que pode danificar o DNA das células e levar ao desenvolvimento de câncer.
5. Consumo de Álcool e Tabagismo
O consumo de álcool, especialmente em grandes quantidades, está associado a um risco maior de câncer colorretal. O álcool pode ser convertido em acetaldeído, uma substância química tóxica e cancerígena.
Além disso, o tabagismo é outro fator de risco bem estabelecido. Substâncias cancerígenas presentes no tabaco podem causar mutações no DNA das células do cólon e reto, aumentando o risco de câncer.
6. Doenças Inflamatórias Intestinais
Pessoas com doenças inflamatórias intestinais crônicas, como a colite ulcerativa e a doença de Crohn, têm um risco significativamente aumentado de desenvolver câncer colorretal.
A inflamação crônica dessas condições pode causar danos ao DNA das células intestinais ao longo do tempo, promovendo a formação de tumores.
Pacientes com essas condições devem ser monitorados de perto com exames regulares a partir de uma idade mais jovem.
7. Fatores Hormonais
Em mulheres, o uso prolongado de terapia hormonal pós-menopausa pode estar associado a um risco aumentado de câncer colorretal. Estudos sugerem que o estrogênio pode ter um efeito protetor contra o câncer colorretal, mas quando combinado com progesterona, o risco pode aumentar.
Além disso, condições como a acromegalia, que resulta de um excesso de hormônio de crescimento, também podem aumentar o risco de câncer colorretal.
8. Microbiota Intestinal
A composição da microbiota intestinal, que é o conjunto de microrganismos que habitam o trato digestivo, tem sido cada vez mais reconhecida como um fator importante na carcinogênese colorretal.
Um desequilíbrio na microbiota, conhecido como disbiose, pode levar à inflamação crônica e produção de substâncias carcinogênicas. Dietas pobres em fibras e ricas em alimentos processados podem alterar negativamente a microbiota, aumentando o risco de câncer.
9. Exposição a Substâncias Químicas
A exposição prolongada a certas substâncias químicas também pode aumentar o risco de câncer colorretal.
Trabalhos que envolvem exposição a amianto, produtos químicos industriais, ou até mesmo o uso prolongado de certos pesticidas, têm sido associados a um aumento do risco de desenvolver a doença.
10. Diabetes Tipo 2
Pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco aumentado de desenvolver câncer colorretal. Isso pode estar relacionado ao fato de que o diabetes tipo 2 e o câncer colorretal compartilham fatores de risco comuns, como obesidade e inatividade física.
Além disso, níveis elevados de insulina e resistência à insulina, comuns em pessoas com diabetes tipo 2, podem promover o crescimento de células cancerígenas.
11. Radiação
A exposição prévia à radiação, especialmente na região abdominal ou pélvica, pode aumentar o risco de câncer colorretal. Isso é particularmente relevante para pessoas que receberam radioterapia para tratar outros tipos de câncer na área abdominal ou pélvica, como câncer de próstata ou câncer ginecológico.
12. Histórico Pessoal de Pólipos
Pessoas que já tiveram pólipos adenomatosos no cólon têm um risco aumentado de desenvolver câncer colorretal. Pólipos são crescimentos benignos na parede do cólon que, se não removidos, podem se transformar em câncer ao longo do tempo.
A remoção regular de pólipos através de colonoscopias pode reduzir significativamente esse risco.
13. Sedentarismo
Além da falta de exercício físico regular, o sedentarismo em si — passar longos períodos sentado, como no trabalho ou assistindo à televisão — é um fator de risco independente para o câncer colorretal.
Estudos mostram que mesmo pessoas que fazem exercícios regulares, mas passam grande parte do dia sentadas, podem ter um risco aumentado.
14. Deficiência de Vitamina D
A deficiência de vitamina D tem sido associada a um risco maior de câncer colorretal. A vitamina D desempenha um papel importante na regulação do crescimento celular e na manutenção da saúde do sistema imunológico.
Níveis adequados de vitamina D, que podem ser obtidos através da exposição ao sol e da alimentação, podem ajudar a reduzir o risco.
15. Consumo Excessivo de Processados
Além das carnes processadas, o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados, como salgadinhos, refrigerantes, bolachas recheadas e refeições prontas, também tem sido associado a um aumento no risco de câncer colorretal.
Esses alimentos geralmente são ricos em açúcares, gorduras não saudáveis e aditivos químicos, que podem contribuir para a inflamação e o crescimento de células cancerígenas.
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