Abscesso Periamigdaliano: O que é, Sintomas, Causas e Tratamento

Abscesso Periamigdaliano: O que é, Sintomas, Causas e Tratamento

A dor de garganta intensa que dificulta engolir e até falar pode ser um sinal de algo além de uma simples infecção. O abscesso periamigdaliano, também conhecido como abscesso peritonsilar, é uma complicação grave que pode surgir após uma amigdalite não tratada adequadamente.

Ele forma uma bolsa de pus ao redor das amígdalas e pode causar dor intensa, febre e até risco de complicações mais sérias se não for tratado rapidamente.

Mas como identificar esse problema? Quais são as suas causas e o que fazer se você ou alguém próximo apresentar os sintomas? Neste artigo, vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre o abscesso periamigdaliano.

O que é o Abscesso Periamigdaliano?

O abscesso periamigdaliano é uma infecção bacteriana caracterizada pelo acúmulo de pus na região ao redor das amígdalas. Geralmente, ele ocorre como uma complicação de uma amigdalite (inflamação das amígdalas) que não foi tratada corretamente ou que não respondeu ao tratamento inicial.

Esse tipo de infecção é mais comum em adolescentes e adultos jovens, entre 15 e 35 anos, e pode ser bastante doloroso, tornando até mesmo a simples ação de engolir extremamente difícil.

Quais são os sintomas do Abscesso Periamigdaliano?

Os sintomas podem começar parecidos com os de uma amigdalite, mas se agravam rapidamente com a formação do abscesso. Entre os principais sinais, destacam-se:

  • Dor de garganta intensa e unilateral – Geralmente, afeta apenas um lado, tornando difícil abrir a boca.
  • Dificuldade para engolir (odinofagia) – A dor pode ser tão forte que a pessoa evita engolir até saliva.
  • Trismo – Dificuldade para abrir a boca, devido à inflamação dos músculos próximos.
  • Inchaço na garganta – Aumento visível de um lado da garganta e desvio da úvula (pequena estrutura que fica no meio do céu da boca).
  • Febre alta e calafrios – Sintoma comum de infecção grave.
  • Alteração na voz – Fala abafada ou “voz de batata quente”, causada pelo inchaço da garganta.
  • Mau hálito (halitose) – Devido ao acúmulo de pus e bactérias.
  • Dor no ouvido do mesmo lado do abscesso – A infecção pode irradiar dor para a região auricular.
  • Inchaço dos gânglios linfáticos no pescoço – O corpo reage à infecção aumentando os linfonodos próximos.

Caso esses sintomas estejam presentes, é essencial procurar um médico rapidamente, pois o abscesso pode evoluir e causar complicações graves.

O que causa o Abscesso Periamigdaliano?

A principal causa do abscesso periamigdaliano é uma infecção bacteriana, normalmente causada por:

  • Streptococcus pyogenes – A mesma bactéria que causa a amigdalite estreptocócica.
  • Outras bactérias – Como estafilococos e pneumococos, que também podem estar envolvidas.

Essa infecção pode ocorrer como complicação de uma amigdalite quando as bactérias se espalham para os tecidos ao redor das amígdalas, levando à formação do abscesso.

Fatores de risco:

  • Histórico de amigdalites frequentes.
  • Falta de tratamento adequado para infecções de garganta.
  • Sistema imunológico enfraquecido.
  • Tabagismo – aumenta a predisposição a infecções orais.
  • Falta de higiene oral – favorece o crescimento de bactérias na boca e garganta.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico é clínico, feito pelo médico com base nos sintomas e exame físico. O profissional pode verificar inchaço assimétrico na garganta e desvio da úvula, indicando a presença do abscesso.

Exames complementares podem ser solicitados em alguns casos:

  • Ultrassonografia – Para visualizar o abscesso internamente.
  • Tomografia Computadorizada (TC) – Indicada em casos mais complicados ou quando há suspeita de disseminação da infecção.
  • Exames laboratoriais – Como hemograma, para avaliar sinais de infecção grave.

Tratamento: Como eliminar o Abscesso Periamigdaliano?

O tratamento do abscesso periamigdaliano deve ser feito o quanto antes, para evitar complicações. As principais abordagens incluem:

1. Drenagem do abscesso

A remoção do pus acumulado pode ser feita por: Aspiração com agulha – Método menos invasivo. Incisão e drenagem – Corte na região para facilitar a saída do pus. Cirurgia (amigdalectomia) – Em casos recorrentes ou complicados, pode ser indicada a remoção das amígdalas.

2. Uso de antibióticos

Os antibióticos são essenciais para eliminar a infecção. Normalmente, os médicos prescrevem penicilina, amoxicilina com clavulanato ou clindamicina.

3. Controle da dor e inflamação

Para aliviar os sintomas, são usados: Analgésicos e anti-inflamatórios (como ibuprofeno ou dipirona). Gargarejos com água morna e sal – Pode ajudar no conforto da garganta.

Internação hospitalar pode ser necessária em casos graves, quando há risco de obstrução das vias respiratórias ou complicações.

Possíveis complicações

Quando não tratado a tempo, o abscesso periamigdaliano pode levar a complicações sérias, como:

  • Obstrução das vias aéreas – O inchaço pode dificultar a respiração.
  • Disseminação da infecção – A infecção pode se espalhar para o pescoço, tórax (mediastinite) ou corrente sanguínea (sepse), tornando-se um risco de vida.
  • Trombose da veia jugular – Uma complicação rara, mas potencialmente fatal.

Por isso, ao perceber os sintomas, procure um médico imediatamente!

Como prevenir o Abscesso Periamigdaliano?

Prevenir o abscesso periamigdaliano envolve cuidar da saúde bucal e tratar infecções de garganta corretamente. Algumas dicas incluem:

  • Tratar amigdalites corretamente – Seguir o tratamento com antibióticos até o final.
  • Manter uma boa higiene oral – Escovação e uso de fio dental ajudam a reduzir a presença de bactérias.
  • Evitar o tabagismo – O cigarro prejudica o sistema imunológico e a saúde da garganta.
  • Fortalecer o sistema imunológico – Com alimentação equilibrada, exercícios físicos e hidratação adequada.

Conclusão

O abscesso periamigdaliano é uma infecção séria que não pode ser ignorada. Se você ou alguém próximo apresentar sintomas como dor intensa ao engolir, febre e dificuldade para abrir a boca, busque atendimento médico imediatamente. O tratamento precoce evita complicações e garante uma recuperação rápida e eficaz.

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