Imagem ilustrativa da região onde o câncer colorretal se desenvolve.

Médico especialista alerta sobre o crescente número de casos de câncer colorretal no Brasil!

O crescente número de casos de câncer colorretal, vem preocupando médicos e especialistas no assunto. Este já se enquadra como o 3º tipo de câncer mais comum no Brasil, com uma incidência média de 19,64 casos a cada 100 mil homens e 19,03 para 100 mil mulheres segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA).

E os números não param por aí, estima-se 20 mil novos diagnósticos entre 2021 e 2022 tanto para homens quanto para mulheres. Além disso, a incidência do câncer colorretal, vem aumentando em indivíduos mais jovens.

No entanto, apesar dos números alarmantes, o câncer de cólon quando descoberto precocemente, costuma ter um prognóstico extremamento favorável.

E para compreendermos melhor sobre o câncer colorretal, contaremos com o auxílio do médico coloproctologista e especialista em câncer colorretal Jorge Henrique Reina do instituto Jorge Reina.

Sobre o médico

Atualmente com 16 anos de carreia o Dr. Jorge Henrique Reina, possui uma visão única sobre o assunto e pode contribuir muito com o conhecimento adquirido através de muita dedicação ao longo de sua carreia.

Formação acadêmica do médico:

  • Graduação em Medicina pela Universidade Metropolitana de Santos;
  • Residência em Cirurgia Geral (MEC – Ministério da Educação) no Hospital São Cristovão;
  • Estágio em Cirurgia Geral Avançada nos Hospitais Bandeirantes, São Cristovão e Ermelino Matarazzo;
  • Pós-graduação em Vídeo laparoscopia no Hospital Sírio-Libanês;
  • Pós-graduação em Coloproctologia no Hospital Sírio-Libanês;
  • Certificação em Cirurgia Robótica pela Intuitive Institute – Atlanta – EUA
  • Membro do Colégio Brasileiro de Cirurgiões;
  • Membro da Sociedade Brasileira de Videocirurgia;
  • Membro Titular da Sociedade Brasileira de Coloproctologia
  • Membro da American Society of Colon and Rectal Surgeons
  • Membro da European Society of Colon and Rectal Surgeon
  • Membro SRS – Society of Robotic Surgery
  • Cadastro Médico: Hospital Vila Nova Star, Hospital São Luiz Morumbi, Itaim e Analia Franco, Hospital Albert Einstein, Hospital Sirio Libanes.

Entrevista com médico especialista em câncer colorretal

A seguir você confere com exclusividade algumas das principais dúvidas sobre o câncer colorretal, respondidas pelo especialista no assunto o médico coloproctologista Jorge Henrique Reina.

1. Dr. Jorge Henrique, em sua opinião profissional os casos de câncer colorretal vem aumentando no Brasil?

Sim, os casos de tumores colorretais vem aumentando no Brasil. Novos estudos evidenciam aumento em menores de 50 anos. Geralmente ligados a obesidade, sedentarismo e tabagismo.

Estima-se que tenhamos um grande aumento dos números de casos no período pós-pandemia. Principalmente correlacionados a falta de rastreamento durante a pandemia de coronavírus.

2. É verdade que o câncer colorretal é um dos que mais matam no país?

Sim, dentre os homens fica na terceira colocação perdendo apenas pulmões (vias aéreas) e próstata.

Dentre as mulheres fica em terceiro lugar perdendo para mamas e pulmões (vias aéreas).

3. Dr. quais são as principais causas do surgimento do câncer de cólon?

O câncer colorretal não tem uma causa única para o seu surgimento. Geralmente estão relacionados aos hábitos de vida, stress, falta de prática de exercícios, mutações genéticas, condições imunológicas, obesidade.

80% dos casos de câncer estão associados aos hábitos ruins e o comportamento podem aumentar o risco de câncer. 

Entende-se por ambiente o meio em geral, o ambiente de trabalho, o ambiente de consumo e o ambiente social e cultural. Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores alteram a estrutura genética (DNA) das células.

As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores (oncogênese), são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos. 

Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. 

O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que as tornam mais vulneráveis ao processo cancerígeno. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais frequente nessa fase da vida.

4. Dr. quais são os principais sinais de alerta do câncer colorretal?

Sinais de alerta para câncer colorretal geralmente aparecem quando a doença já não se apresenta em estágios iniciais.

Podemos observar alteração do hábito intestinal. Em alguns casos com diarreia em outros casos com constipação.

Pode se observar presença de sangue nas fezes, no vaso sanitário ou até mesmo no papel ou lençohumidecido ao higienizar se.

Presença de muco nas fezes e afinamento das fezes também são sinais de alerta.

Alguns pacientes podem referir, fraqueza, perda de peso, anemia.

5. Com relação à hereditariedade, quais cuidados a mais o individuo precisa tomar?

Neste caso o risco está associado à transmissão genética na família. Ou seja, aqueles que têm familiares com história de câncer colorretal, câncer de ovário, endométrio ou câncer de mama. Algumas condições genéticas familiares são chamadas Polipose Adenomatosa Familiar e o Câncer Colorretal Hereditário sem polipose (HNPCC).

Importante salientar que desde o ano passado a sociedade americana de cirurgiões colorretais e a sociedade brasileira de coloproctologia orientou que o rastreamento com colonoscopia deve se iniciar aos 45 anos e não mais aos 50 anos como era preconizado anteriormente. Quando o individuo possui parentes de primeiro e segundo grau com tumores de intestino esse rastreamento deve se iniciar cerca de 10 anos antes do primeiro diagnóstico na família.

Por exemplo, se o pai do paciente apresentou tumor de cólon aos 50 anos. A primeira colono do paciente devera ser realizada com 40 anos.

6. O câncer colorretal é mais comum entre homens ou mulheres?

Segundo informações do Instituto nacional do câncer (INCA) para o Brasil, estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 para cada 100 mil mulheres

7. Dr. em sua opinião como tem se dado o desenvolvimento da medicina em relação a colonoscopia e a invasibilidade da mesma?

Observamos grande melhora na qualidade dos aparelhos, melhores imagens com magnificação e nbi (narrowbandimaging), melhores pinças para biopsia e resseção de imagens.

O exame de colonoscopia é feito por um tubo flexível e fino, com uma câmera na ponta. O paciente recebe sedação esse equipamento é inserido no corpo dele, por meio do ânus.

Caso haja alguma suspeita, esse tubo pode ter, além da câmera, uma pequena pinça na ponta, que pode ser utilizada para retirar amostras de tecido, que então são enviadas para análise.

Além da melhora tecnológica dos aparelhos e da melhora técnica dos aplicadores com muito treinamento, ainda podemos optar pena colonoscopia virtual realizada por tomografia computadorizada. A mesma possui algumas vantagens e desvantagens deve haver discussão com seu medico antes de optar por um ou por outro exame.

8. Dr. Jorge H. além do desenvolvimento tecnológico para o diagnóstico, como tem se desenvolvido o tratamento e suas taxas de sucesso?

Não podemos negar, mas ainda atualmente o mais importante é a realização de diagnóstico precoce.

Os índices de cura e sobrevida mudaram muito nesses meus 16 anos de experiência atuando na área. O aparecimento das novas classes de quimioterápicos assim como novas técnicas cirúrgicas fizeram com que os resultados positivos saltassem aos nossos olhos.

Certamente a forma como se opera os pacientes mudou drasticamente os resultados obtidos no tratamento do câncer colorretal. Desde as descrições de Bill Heald em 1982 com a excisão total do mesorreto, como com a implantação e padronização das técnicas laparoscópicas, assim como o uso da tecnologia 4k e posteriormente com a precisão da cirurgia robótica com pinças articuláveis e uma visão 3d do campo cirúrgico.

9. Como prevenir o surgimento desse tipo de câncer?

As principais formas de prevenção são:

  • Alimentação e estilo de vida saudável são muito importantes;
  • Consumo de fibras (25 a 30g de fibras), frutas e vegetais frescos;
  • Redução de gorduras na dieta (principalmente as de origem animal);
  • Redução do consumo de gordura e de álcool;
  • Cessar o hábito do fumar.
  • REALIZAR EXAMES CONFORME PROTOCOLOS INTERNACIONAIS.

10. Como é feito o acompanhamento após o tratamento de câncer colorretal?

Inicialmente o paciente sera acompanhado pelo seu cirurgião e oncologista clinico ate o resultado da biopsia do procedimento cirúrgico.

Somente após avaliação da biopsia será planejado o tratamento do paciente que poderá ser somente de acompanhamento ou de acompanhamento e medicações.

Os retornos nos primeiros dois anos serão de 3 em 3 meses, seguido de retorno a cada 6 meses nos semestres subsequentes.

Durante os retornos serão solicitados exames de laboratório, de imagem para avaliação e seguimento

Todo paciente operado de câncer colorretal devera ser seguido ambulatoriamente por 5 anos, para aí sim se não apresentar recidivas receber alta ambulatorial.

Considerações finais

O câncer colorretal é uma doença com altas taxas de incidência na população brasileira, no entanto, diante das palavras do médico especialista, podemos notar que com o diagnóstico precoce, torna-se muito mais fácil obter a cura.

Considerando isso, alertamos para a realização de exames frequentes, bem como a adoção de melhores hábitos alimentares e a prática de atividade física, para prevenir o surgimento desta e de muitas outras doenças.

A conscientização é a melhor prevenção possível, principalmente para indivíduos com histórico familiar favoráveis ao surgimento da doença.

Agradecimentos:

Agradecemos a contribuição social feita pelo médico Jorge Henrique Reina, para a produção deste conteúdo informativo.

Os canais de contato do especialista em câncer colorretal você encontra em:

Para agendar uma consulta: Médico especialista em câncer colorretal (clique aqui)

Site oficial: www.institutojorgereina.com.br

Telefone para contato: (11) 3032-6024

Histórias recentes

Postagens similares

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *