Imagem de uma máquina de ressonância magnética.
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Quem tem síndrome do pânico pode fazer ressonância Magnética?

Um dos transtornos psiquiátricos mais comuns atualmente, a síndrome do pânico pode causar limitações e mudanças no comportamento de quem a possui. As crises que a caracterizam são imprevisíveis e acontecem com alguma frequência, a depender da gravidade. 

A sensação de incapacidade frente a atividades que antes seriam vistas como corriqueiras é um dos aspectos marcantes da síndrome do pânico. Entre os potenciais desafios a serem enfrentados, podemos incluir a realização de exames médicos que requerem a imersão do corpo, sendo o caso da tomografia e da ressonância magnética. 

Esses procedimentos são muitas vezes imprescindíveis para o diagnóstico de uma série de problemas de saúde, então surge a dúvida: quem tem síndrome do pânico pode fazer esse tipo de exame? Vamos entender melhor essa questão a seguir.  

Síndrome do Pânico: Como lidar com o medo para realizar o exame?

Estamos falando de duas faces da mesma moeda: o medo é uma reação saudável do corpo, servindo para protegê-lo em situações de perigo. Por outro lado, pode acarretar diversas limitações, dificultando algumas circunstâncias que precisam ser enfrentadas. 

O exame de ressonância magnética é totalmente seguro, e muitas vezes indispensável para obter um diagnóstico assertivo. A seguir, você confere algumas dicas para tornar esse procedimento mais confortável e menos intimidador.

1 – Busque ajuda profissional

A Síndrome do Pânico é um problema de saúde que deve ser levado a sério e acompanhado de perto por um médico psiquiatra. Seu tratamento é formado pela combinação de medicamentos e psicoterapia, o que pode melhorar significativamente o quadro clínico.

Ilustração de tratamento terapêutico e com medicamentos.
A psicoterapia e Farmacológicos são fundamentais para a remissão do paciente com Síndrome do Pânico.

Durante o tratamento, é importante que você se sinta à vontade para falar com seu médico ou psicólogo sobre os seus medos e inseguranças. Hoje em dia há diversos métodos que podem te auxiliar a abrandar os sintomas.

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2 – Procure entender o que te causa medo

Tenha em mente que evitar o medo pode acabar reforçando-o. A melhor forma de enfrentá-lo é compreendendo de onde ele vem. É a possibilidade de estar em um ambiente fechado que te incomoda? A necessidade de ficar imóvel? Ou então o risco de ficar preso na máquina? Tudo se inicia ao descobrir qual é o seu medo.

Ilustração paciente com medo da ressonância magnética.
Entender a fonte do seu medo é o primeiro passo para conseguir realizar o exame.

Entender qual fator serve como gatilho para a sua insegurança pode ser um primeiro passo para controlá-la. Essa compreensão te dá a possibilidade de se preparar psicologicamente e de conversar com o médico a respeito do seu medo.

O profissional vai te explicar como o procedimento é feito, o que vai te deixar mais tranquilo(a) durante sua realização. 

3 – Aprenda técnicas de respiração e relaxamento

Essa dica pode te ajudar em diversos momentos, seja durante a realização do exame, em meio a uma crise de pânico ou para se preparar para dormir. 

A respiração é a sua principal ferramenta para manter a calma e o foco no momento presente. Há uma infinidade de exercícios de respiração: para relaxar, para melhorar a concentração, etc. Vamos tentar um deles? 

Inspire profundamente, contando o tempo. Expire lentamente, de forma que essa etapa dure o dobro de tempo da inspiração. Repita esse exercício por algumas respirações e observe como seu corpo reage. Esse exercício é muito indicado para momentos de relaxamento. Você pode treiná-lo por alguns dias antes de fazer o exame, e repeti-lo durante o procedimento. 

4 – Informe-se sobre as etapas do exame 

A ressonância magnética é feita para a análise de aspectos neurológicos, cardíacos, cervicais, abdominais e ortopédicos. Problemas como fraturas, infecções, infarto, câncer e esclerose múltipla podem ser identificados em um exame como esse. 

Para realizá-lo, é preciso retirar quaisquer itens de metal (como brincos, zíper, botões, etc). O paciente deita na maca e a parte do corpo que será examinada é coberta pela bobina, um aparelho que potencializa o efeito do campo magnético, aprimorando a qualidade da imagem a ser obtida. 

Em seguida, a maca desliza para dentro de um tubo. O procedimento pode levar de 15 minutos a 2 horas, dependendo da área do corpo que está sendo analisada. Esse processo é completamente indolor, mas para que o resultado seja eficaz é necessário que a pessoa fique imóvel até que ele acabe. Como até mesmo pequenas movimentações podem comprometer o exame, o técnico responsável pode imobilizar certas regiões corporais caso seja necessário.

Com o resultado em mãos, os médicos usam das imagens em alta definição e da distinção das cores presentes para analisar eventuais anormalidades.  

O pouco espaço que há dentro do tubo estreito do aparelho de ressonância e a necessidade de se manter imóvel durante o procedimento são aspectos que podem gerar tensão e incômodo ao paciente, o que talvez seja potencializado no caso de pessoas com síndrome do pânico ou claustrofobia.  

Ressonância Magnética

Nesse tópico, falamos especificamente sobre como funciona a ressonância magnética, mas essa dica vale para qualquer procedimento que você precise realizar e te cause algum desconforto. Consulte o médico, pergunte como o exame funciona, informe-se sobre a tecnologia utilizada e tire todas as suas dúvidas. Sabendo o que te espera, fica mais fácil se preparar e manter a calma durante o processo. 

É válido considerar que a saúde mental é algo cada vez mais levado em conta na medicina. Isso implica em uma maior preocupação dos profissionais e dos fabricantes das máquinas com relação à dificuldade dos pacientes em realizar determinados exames. As máquinas mais modernas já possuem tecnologia e design considerados mais agradáveis, com tubos mais curtos, provendo melhor iluminação e circulação de ar. 

Além disso, alguns métodos podem ser utilizados, como o uso de fones de ouvido com músicas relaxantes que ajudam o paciente a encarar o exame com mais tranquilidade. 

É possível fazer uso de sedação em casos de síndrome do pânico?

A maneira mais adequada e eficaz de lidar com o medo que incapacita e limita é de fato através da psicoterapia, porém quando o exame precisa ser feito com urgência, a sedação pode ser uma opção a ser considerada junto do profissional responsável.

O paciente pode receber desde um calmante mais leve até anestesia, o que dependerá do grau de fobia e do local do corpo que será examinado. Por ser considerada uma técnica mais invasiva, a sedação é sempre a última opção, tanto em clínicas particulares quanto em hospitais.  

Seja qual for a situação, o importante é que sua saúde seja prioridade. Se você precisa realizar um exame como a ressonância magnética ou semelhante, busque ajuda e informe-se, mas não deixe para depois.

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