Métodos contraceptivos: saiba quando procurar ajuda profissional!
Atualmente, diversos métodos contraceptivos estão disponíveis no mercado para evitar uma gravidez indesejada. Cada método tem uma forma de ação diferente e pode ser melhor para diferentes organismos, o que depende de condições clínicas, hábitos de vida, alergias e até mesmo a idade da mulher. Por isso, consultar um médico ginecologista antes de escolher e usar qualquer anticoncepcional é muito importante para definir qual deles é a opção mais adequada.
A pílula anticoncepcional é, definitivamente, o método mais conhecido. Inventada na década de 60, foi uma revolução para o universo feminino. A partir desse momento, as mulheres passaram a ter mais poder de escolha sobre a gravidez e entrar em contato com outras questões, como liberdade, empoderamento e conhecimento do próprio corpo.
Neste artigo, separamos as informações mais importantes sobre os métodos anticoncepcionais. Continue conosco e conheça as características, vantagens e desvantagens de cada um deles.
O que é pílula anticoncepcional
A pílula anticoncepcional, também chamado de anticoncepcional hormonal combinado oral (AHCO), é um comprimido formulado a partir de uma combinação de hormônios — estrogênio e progesterona — os quais inibem a ovulação.
Esse método também diminui a espessura do endométrio e promove uma modificação do muco cervical, o que torna o meio hostil para a sobrevivência e movimentação dos espermatozoides.
A pílula é muito eficiente, sendo o método mais utilizado entre todos. O anticoncepcional hormonal combinado oral tem um índice de falha de apenas 0,1% se usado corretamente, ou seja, todos os comprimidos da cartela no tempo e horários corretos.
Atualmente, 3 tipos diferentes de pílulas estão entre as mais prescritas pelos médicos. São elas:
- pílula monofásica: em que todos os 21 ou 24 comprimidos têm a mesma dosagem de hormônios e ocorre uma pausa de 7 ou 4 dias entre as cartelas, respectivamente;
- minipílula: que tem apenas progesterona em sua composição, indicado especialmente para mulheres que estão amamentando e devem ser utilizadas sem pausa;
- pílula multifásica: que é uma combinação de hormônios com diferentes dosagens em cada fase do ciclo, com comprimidos em cores diferentes e uma sequência que deve ser respeitada sempre.
Além de prevenir a contracepção, a pílula anticoncepcional também atua no tratamento de algumas doenças, como cólicas, sangramentos irregulares, TPM, síndrome dos ovários policísticos, endometriose, acne e hirsutismo.
Como desvantagem, esse método pode aumentar os riscos de doenças sérias em algumas mulheres, como a trombose venosa profunda, embolia pulmonar, acidente vascular cerebral e infarto do miocárdio.
Conheça a injeção anticoncepcional
Também formulada a partir de uma combinação de progesterona e estrógenos, a injeção anticoncepcional é um método contraceptivo de longa duração. Mensal ou trimestral, o medicamento é injetado no músculo da região dos glúteos, com uma tolerância de 3 dias para mais ou para menos a cada aplicação.
O anticoncepcional injetável tem o mesmo mecanismo de ação que as pílulas, que consiste na suspensão da ovulação, aumento da espessura do muco cervical e redução da espessura do endométrio.
Esse também é um método muito eficaz, com um índice de falha de 0,1 a 0,6% para a injeção mensal e de 0,3% para a trimestral. Aplicado corretamente nas farmácias, esse método tem a vantagem de evitar o risco diário de esquecimento, como é o caso das pílulas.
Entre seus benefícios, estão a redução de cólicas menstruais e de sintomas associados à endometriose e dor pélvica, além da diminuição de casos de câncer de endométrio. Como efeitos colaterais, todavia, esse método pode provocar:
- aumento de peso;
- acne;
- dor de cabeça;
- alterações de humor.
Como funciona o anel vaginal
Trata-se de um pequeno anel flexível no formato de um 8 com etinilestradiol e etonogestrel na sua composição. Ele é inserido na parte superior da vagina todos os meses e permanece no local por 21 dias, com uma pausa de 1 semana para a aplicação de um novo anel.
Os hormônios liberados por esse método são absorvidos pela circulação e inibem a ovulação. Quando utilizado corretamente, o índice de prevenção de gravidez é de 99%, com uma eficácia de 0,4 a 1,2%.
Como efeitos colaterais, o anel vaginal pode ocasionar:
- sangramentos de escape;
- vaginite;
- cefaleia;
- ganho de peso;
- expulsão acidental do método contraceptivo.
Para que serve o adesivo anticoncepcional
Aplicado sobre a pele, o adesivo anticoncepcional é um patch formulado com progesterona e estrógenos que permanece na mesma posição por uma semana. Os hormônios são liberados na corrente sanguínea de forma contínua ao longo dos sete dias.
Cada caixa contém 3 adesivos anticoncepcionais, os quais devem ser utilizados em sequência, sem pausa. Ao final, é preciso fazer uma pausa de uma semana antes de iniciar a próxima caixa.
O patch pode ser colado no braço, nas costas, na barriga ou nas nádegas, evitando a região das mamas. A cada nova aplicação, a orientação é trocar o local.
Embora seja um método muito eficaz e com poucos efeitos colaterais, entre eles cefaleia e cólicas leves, o adesivo apresenta o risco de descolar e, se ficar fora da pele por mais de um dia, é preciso iniciar um novo ciclo. Ademais, para mulheres acima do peso, esse método não é recomendado devido à redução da sua eficácia.
Como é o funcionamento do DIU
O dispositivo intrauterino (DIU), classe que abrange também o sistema intrauterino (SIU) — um DIU hormonal —, são dispositivos inseridos dentro do útero para evitar a gravidez. A principal vantagem desse método é a sua longa duração, protegendo as mulheres por períodos que variam de 5 a 10 anos, conforme o produto escolhido.
O dispositivo atua inibindo a passagem dos espermatozoides, o que impede a fecundação. Além disso, o sistema intrauterino, ou DIU hormonal, também promove a redução do fluxo menstrual.
Quanto à eficácia, a chance de falha desse método é extremamente baixa, semelhante a uma laqueadura — o que o coloca no topo do ranking de métodos mais eficazes. Os riscos de esquecimento, nesse caso, são nulos.
Como efeito colateral, o DIU pode alterar o fluxo das menstruações, além de poder aumentar a ocorrência de cólicas nos três primeiros meses de uso.
Implante contraceptivo
O implante contraceptivo é uma pequena cápsula que contém o hormônio etonogestrel em seu interior. Com aproximadamente 4 cm de comprimento e 2mm de diâmetro, ele é introduzido abaixo da pele por um médico.
O seu mecanismo de ação inibe a liberação do óvulo, altera a secreção de muco pelo colo uterino e dificulta a entrada de espermatozóides. Sua eficácia é semelhante ao do dispositivo intrauterino e a duração do implante pode ser de 6 meses, 1 ou até 3 anos.
Algumas mulheres podem apresentar como efeitos colaterais:
- amenorreia;
- sangramento superior a cinco dias;
- cefaleia;
- acne;
- aumento de peso;
- diminuição de libido;
- dor no local do implante;
- alterações de humor.
É importante ressaltar que, antes de escolher um dos métodos contraceptivos citados e iniciar o seu uso, a consulta com o ginecologista é indispensável. Somente com o auxílio desse profissional é possível fazer exames físicos e uma pesquisa detalhada sobre seu histórico de saúde. Isso é fundamental para definir qual deles é o mais compatível com seus objetivos e rotina, além de prevenir riscos e efeitos colaterais.
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