No Câncer Colorretal Também é Feita Quimioterapia? Especialista Explica!
No episódio 06 do podcast Papo com Especialista, produzido pelo BoaConsulta, tivemos o prazer de receber o Dr. Jorge Henrique Reina, especialista em cirurgia robótica do aparelho digestivo, coloproctologia e cirurgia oncológica.
Este é um trecho do podcast completo, no qual o Dr. Jorge fala exclusivamente sobre o câncer colorretal. Neste corte, o especialista responde a uma pergunta muito frequente: se a quimioterapia faz parte do tratamento do câncer colorretal e em quais situações essa opção é aplicável.
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Quando ouvimos falar em câncer, independentemente do tipo, a palavra “quimioterapia” surge automaticamente em nossas mentes. No caso específico do câncer colorretal, essa preocupação é igualmente válida.
Muitos pacientes se perguntam se a quimioterapia faz parte do tratamento, se precisarão passar por esse processo e como ele se integra ao plano de cuidados.
Vamos entender em quais situações a quimioterapia é indicada no tratamento do câncer colorretal, como funciona e quais são os fatores que influenciam essa decisão.
A Necessidade de Quimioterapia no Câncer Colorretal
A quimioterapia pode ser uma parte essencial do tratamento para o câncer colorretal, dependendo de diversos fatores, como a localização do tumor, o estágio da doença e os resultados da biópsia.
Após a cirurgia para a remoção do tumor, a biópsia permite avaliar o grau de profundidade da invasão do câncer e se ele se espalhou para os gânglios linfáticos.
Quando a Quimioterapia é Indicada
- Tumores do Intestino Grosso (Cólon): Para tumores localizados do reto para cima, a decisão de iniciar a quimioterapia depende dos achados da biópsia pós-operatória. Se o tumor tiver invadido apenas a parede do intestino, sem atingir os gânglios linfáticos, a quimioterapia pode não ser necessária. No entanto, se o câncer já tiver se espalhado para os gânglios, existe um risco maior de metástase, o que torna a quimioterapia uma opção recomendada para combater possíveis células cancerosas restantes e prevenir a recidiva.
- Tumores do Reto: O tratamento dos tumores retais pode diferir devido à proximidade do reto com outros órgãos e à complexidade da cirurgia nessa área. Antes da cirurgia, uma ressonância magnética ajuda a determinar o grau de invasão do tumor. Se o tumor for avançado, o tratamento pode incluir uma combinação de quimioterapia e radioterapia antes da cirurgia, com o objetivo de reduzir o tumor e aumentar as chances de preservar o órgão, além de diminuir o risco de recidiva local.
Efeitos Colaterais da Quimioterapia
A quimioterapia pode causar efeitos colaterais como náuseas, fadiga, queda de cabelo e alterações no apetite. Esses sintomas variam de pessoa para pessoa e dependem do tipo e da dose da quimioterapia utilizada.
É fundamental o acompanhamento médico contínuo para monitorar esses efeitos e adotar medidas que ajudem a minimizá-los, como medicamentos antieméticos para náuseas e suporte nutricional.
Quimioterapia Adjuvante e Neoadjuvante
A quimioterapia pode ser administrada de duas maneiras principais: adjuvante, que ocorre após a cirurgia para eliminar possíveis células cancerosas remanescentes, e neoadjuvante, que é realizada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor. A escolha entre essas abordagens depende do estágio do câncer e do plano de tratamento individualizado.
O Papel Multidisciplinar no Tratamento
O tratamento do câncer colorretal, especialmente nos casos mais complexos, envolve uma abordagem multidisciplinar. Um time de especialistas, incluindo cirurgiões, oncologistas clínicos, radioterapeutas, médicos intervencionistas e especialistas em imagem, trabalha em conjunto para criar um plano de tratamento personalizado para cada paciente.
Esse grupo, conhecido como “tumor board,” analisa todos os aspectos do caso e decide a melhor abordagem, garantindo que o tratamento seja individualizado e focado nas necessidades específicas do paciente.
Quimioterapia e Radioterapia no Câncer Retal
No caso do câncer retal, a combinação de quimioterapia e radioterapia antes da cirurgia tem se mostrado eficaz em muitos pacientes.
Este tratamento neoadjuvante (antes da cirurgia) visa reduzir o tamanho do tumor, facilitar a cirurgia e aumentar as chances de preservação do órgão. Além disso, essa abordagem diminui o índice de recidiva local, o que é fundamental para melhorar o prognóstico a longo prazo.
Alternativas à Quimioterapia
Além da quimioterapia, existem outras opções de tratamento para o câncer colorretal, como a imunoterapia e as terapias-alvo. Essas alternativas são decididas com base no perfil genético do tumor e nas características específicas do paciente.
Elas podem ser utilizadas isoladamente ou em combinação com a quimioterapia para melhorar os resultados.
Acompanhamento Pós-Tratamento
Após a conclusão da quimioterapia, é crucial manter um acompanhamento regular com o oncologista.
Exames periódicos, consultas médicas e monitoramento de possíveis sinais de recidiva são essenciais para garantir a eficácia do tratamento e a detecção precoce de qualquer retorno da doença.
O acompanhamento também ajuda na reabilitação e na adaptação do paciente à vida após o tratamento.
Qualidade de Vida Durante o Tratamento
Manter a qualidade de vida durante a quimioterapia é possível com estratégias como uma alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos moderados e suporte psicológico.
O apoio de familiares e amigos também desempenha um papel importante, proporcionando conforto emocional e ajudando o paciente a enfrentar os desafios do tratamento.
Casos Especiais
O tratamento do câncer colorretal pode variar em pacientes com condições especiais, como idosos ou aqueles com outras doenças crônicas.
Nessas situações, a equipe médica ajusta o plano terapêutico para garantir a segurança e a eficácia, levando em consideração a saúde geral do paciente e suas necessidades individuais.
Avanços Tecnológicos no Tratamento
Os avanços tecnológicos têm revolucionado o tratamento do câncer colorretal, com inovações como quimioterapia mais precisa, cirurgias robóticas e técnicas minimamente invasivas.
Essas novas abordagens estão melhorando os resultados, reduzindo os efeitos colaterais e permitindo uma recuperação mais rápida para os pacientes.
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