Crianças correndo e brincando na praia.

Cuidados com a saúde das crianças durante as férias

As férias de verão são um dos momentos do ano mais aguardado pela criançada, época de não ir à escola, brincar muito, passear e também de viajar, mas junto a tudo isso, surgem as preocupações com a saúde das crianças.

E é nesta época que problemas que vão desde pequenos arranhões e ralados, ou até mesmo desidratação e insolação costumam aparecer.

Portanto, neste post iremos dar algumas dicas de quais cuidados com a saúde das crianças você deve tomar durante as férias.

E os cuidados com as crianças, vão desde doenças a aspectos externos que podem afetar a qualidade de vida e preservação da saúde da criança.

Mas com algumas precauções básicas, podemos evitar tais transtornos e tornar as férias da criançada muito mais divertida e tranquila.

Cuidados com as crianças nas férias

Vejamos então, algumas dicas de cuidados com a saúde e bem-estar das crianças, seja durante as férias em casa ou para aqueles que pretendem viajar, continue lendo.

1- Visite o médico antes de viajar

Check-ups anuais são essenciais para garantir a boa saúde. Muitas vezes, uma doença se inicia de forma silenciosa, sem sintomas, ou tem um vírus incubado que só se apresenta depois de um tempo.

Aproveite o período das férias, em que fica mais fácil conciliar os horários das consultas, e verifique se está tudo em ordem com seu filho. É melhor se prevenir do que esperar que algo aconteça na viagem e estrague os planos.

Médica pediatra auscultando coração de criança.
Médica realizando check-up em criança.

Vale lembrar que manter as vacinas em dia é fundamental, pois estas podem evitar a contaminação com doenças e muitas são obrigatórias antes de realizar uma viagem.

Caso você não encontre a carteira de vacinação do seu filho ou até mesmo a sua o aplicativo de saúde Meu Einstein, tem a missão de ajuda-lo(a) nisso, lembrando você de quais vacinas estão atrasadas ou ainda precisam ser tomadas.

2- Mantenha a criança hidratada

Durante a infância é muito comum que as crianças não entendam ou se esqueçam que precisam beber água, mas a ingestão de líquidos é fundamental para a manutenção e preservação da saúde da criança.

Esse é um dos principais cuidados com as crianças durante as férias de verão. Devido ao calor, as brincadeiras e afins, acontece a perda de líquidos, dos quais é preciso repor, caso contrário um quadro de desidratação pode acontecer, além do surgimento de doenças renais.

Sendo fundamental que os pais e responsáveis, ofereçam com frequência água e líquidos para os pequenos, desde que não sejam refrigerantes e outros líquidos processados.

Além disso, ficar atento a sinais de desidratação é muito importante. Nas crianças observar olhos secos, choro sem lágrimas, ausência de saliva embaixo da língua, lábios secos e xixi de cor amarelada.

Mulher dando água para criança.
Mãe dando água para o filho no intervalo da brincadeira.

A recomendação para crianças de 1 a 3 anos é beber quatro copos de água por dia, cerca de (200ml cada um). Já crianças de 4 a 8 anos o ideal é a ingestão de cinco copos e, crianças de 9 a 13 anos as meninas devem beber 7 copos e os meninos 8 copos de água.

Visto que os sintomas de desidratação se mostram presentes, ofereça água à criança. Uma boa opção de hidratação é o soro saborizado que pode ser comprado em farmácias ou feito em casa.

Para fazer soro em casa: misture uma colher de café de sal e uma colher de sopa de açúcar em um litro de água mineral, filtrada ou fervida. E caso não ocorra a melhora, o recomendado é levar a criança ao médico pediatra.

3- Não se esqueça do protetor solar

Durante as férias de verão as brincadeiras ao ar livre, praias ou em piscinas são muito comuns, dessa forma, a exposição ao sol se torna maior, fato que deve ser visto com cautela.

O uso dos protetores solares devem ser feitos com frequências, dando prioridade aos filtros solares específicos para cada idade e que possuem proteção UVA e UVB.

Ficar atento ao fator de proteção também é muito importante, em geral, os protetores infantis possuem fator 30 ou superior e devem ser aplicados na sombra, cerca de 20 minutos antes de se expor ao sol.

Lembre-se também que em brincadeiras fora da água, a reaplicação deve acontecer a cada 3 horas e quando a criança passa mais de 5 minutos na água, deve-se reaplicar em um espaço de tempo menor.

Mulher passando protetor em criança do sexo masculino.
Mãe passando protetor solar em menino.

Vale ressaltar que os bebês possuem a pele ainda mais sensível do que as crianças mais velhas, tornando necessário fazer a aplicação em todo o corpo da criança, lembre-se também que algumas roupas de banho, não protegem contra a radiação solar, podendo acarretar queimaduras e insolação.

Ainda sobre a sensibilidade da pele dos bebês, realize o teste alérgico, antes de aplicar o produto no corpo todo da criança. Basta fazer a aplicação em uma pequena região, como no antebraço, por exemplo, aguarde alguns minutos e observe se houve o surgimento de manchas avermelhadas, ou se a criança se mostra incomodada, caso nada aconteça é um ótimo sinal.

Solicitar recomendações de um dermatologista infantil, também pode ser de extrema importância, afinal existem diversas peculiaridades que só o médico pode identificar.

Por fim, lembre-se que independente da idade, não se recomenda a exposição direta ao sol nos períodos entre 10h da manhã e 16h da tarde, em especial entre o meio-dia e às 16h.

Visto que estes são períodos de maior incidência de radiação ultravioleta (UVB), responsável por queimaduras e modificações que podem levar ao câncer de pele.

4- Incentive atividades que inibem o sedentarismo

A obesidade infantil preocupa pais e autoridades de saúde e de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma a cada três crianças entre cinco e nove anos, está acima do peso ideal.

Ainda mais alarmante, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este número tende a aumentar, podendo chegar a 75 milhões de crianças obesas no mundo todo até 2025.

Estes números preocupantes se dão a nova realidade na infância, diferente dos adultos, hoje as crianças possuem acesso a vídeo games, celulares, tablets e distrações que tendem a aumentar o sedentarismo.

Menina e menino brincando com bola.
Crianças brincando com brinquedos que estimulam atividade física.

E com a pandemia do novo Coronavírus, o caso tende a se agravar, sem o aspecto social da escola e o fechamento de ambientes de recreação, as crianças acabam por ficar mais tempo em casa, inibindo brincadeiras que os façam gastar energia e como consequência praticar a atividade física.

Portanto, a recomendação aos pais e responsáveis é criar rotinas mais ativas para as crianças, mesmo que estas sejam dentro de casa.

Relembrar os velhos tempos, com brincadeiras como pular amarelinha, esconde-esconde, pega-pega, pular corda entre outras brincadeiras, evita que a criança passe tanto tempo sentada, deitada ou na frente de uma tela.

Outras opções são as caminhadas nos parques, andar de bicicleta, patins ou até mesmo skates. O importante mesmo é fazer a criançada se movimentar, combatendo o sedentarismo e a obesidade infantil.

5- Cuide da alimentação das crianças

Com a rotina corrida é comum que optemos por comidas processadas ou mesmo os famosos fast foods, mas este hábito, principalmente na infância, além de colaborar com a obesidade infantil, normaliza hábitos não saudáveis que muitas vezes se perpetuam durante a vida adulta.

Tão importante quanto incentivar atividades físicas ou beber água é cuidar da alimentação, optando sempre por variedade de alimentos, fazendo um mix entre fibras, proteínas e gorduras boas.

Menina com alimentos saudáveis em sua frente.
Criança optando por alimentos saudáveis.

Evitando sempre frituras ou ultra-apressados, você contribui para a regulagem do colesterol, glicemia e outros agentes causadores de doenças cardíacas ou o mais comum, o diabetes infantil. 

Além disso, ofertar uma alimentação saudável desde a infância, tende a garantir mais qualidade de vida, diminuindo os riscos de doenças crônicas e facilita com que isso se torne um hábito, mesmo durante a vida adulta.

Portanto, em casa ofereça às crianças uma alimentação balanceada com frutas e legumes, quando estiver na rua, viajando ou passeando evite o excesso de doces e alimentos gordurosos, se possível leve com você lanches naturais, como uma maçã, por exemplo.

6- incentive uma boa higiene pessoal

É muito comum que as crianças não queiram tomar banho, escovar os dentes ou simplesmente cortar as unhas, mas estes hábitos básicos devem ser inseridos desde muito cedo na rotina dos pequenos. 

Ensinar a importância de lavar as mãos sempre antes de comer ou após brincar, pode evitar diversos transtornos, principalmente ligados a contaminação com bactérias e protozoários. 

Ofertar benefícios às crianças, após realizarem algum hábito de higiene, como tomar banho, pode ser uma ótima tática, mas deve ser usada com moderação e cortada assim que a criança tomar consciência da importância do hábito.

Ilustração de crianças realizando atos de higiene.
Ensinar e incentivar uma boa higiene para as crianças é uma ótima forma de preservar a saúde dos pequenos.

Além disso, pais e responsáveis devem supervisionar com frequência a “qualidade” da higiene dos filhos, para evitar o surgimento de problemas de saúde, como cáries ou infecções devido a higienização ruim.

Outra recomendação mais atual é quanto aos cuidados com o novo coronavírus, ensinar ao seu filho(a) que ele(a) deve usar máscara e higienizar as mãos com frequência, seja lavando com água e sabão ou com álcool em gel e que após tocar as coisas, não se deve levar a mão à boca ou aos olhos.

7- Cuide da saúde emocional e mental das crianças 

Ainda nos dias atuais é comum que não consideremos as doenças mentais, capazes de afetar crianças e adolescentes, mas estas se tornam cada vez mais comuns e sérias.

Diante de cenários tão conturbados, como por exemplo a pandemia de COVID-19, isolamento social ou cada vez mais cobranças e falta de atenção de pais e responsáveis, doenças como ansiedade, depressão, fobias e outros transtornos, estão se tornando cada vez mais frequentes. 

Segundo um estudo realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), uma a cada quatro crianças e adolescentes apresentaram sinais concretos de depressão e ansiedade durante a pandemia.

Criança do sexo feminino triste.
Menina com possível quadro depressivo se isolando.

Esse fato se dá a diversos aspectos internos e externos a vida da criança, no momento atual temos o fechamento de escolas, com isso as aulas passaram a ser online, reduzindo drasticamente o contato com outras crianças, proporcionando uma rotina mais isolada.

Em outros aspectos, temos pais e responsáveis negligenciando a atenção dada aos filhos, isso devido a uma rotina corrida de múltiplas jornadas, tornando o convívio afetivo mais distante, facilitando o sentimento de tristeza, solidão e diferenciação por parte da criança e adolescente.

Diante desse cenário, recomenda-se que os pais separem algum tempo para o convívio diário em família. Se e quando possível, fazer um passeio no parque, elaborar jogos em família que podem ser feitos dentro e fora de casa ou simplesmente passar um tempo conversando com a criança.

Observar comportamentos estranhos também é fundamental, não costuma ser comum uma criança não querer brincar, não querer comer, nem mesmo ver o seu desenho preferido. Atenção aos sinais de que algo está errado é imprescindível, dessa forma, fazer a intervenção quanto mais cedo, colabora para o desenvolvimento saudável da criança e do adolescente.

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8- Ensine a criança a observar seu próprio corpo

Um dos cuidados mais importantes com a saúde da criança é a supervisão constante, sempre atrás de algo diferente, seja no corpo ou no comportamento da criança, mas nem sempre apenas olhando, conseguimos identificar o problema.

Além disso, muitas crianças ou por serem muito pequenas ou por não saberem, não conseguem se comunicar de forma clara para explicar o que está incomodando, dificultando o entendimento dos responsáveis e até mesmo do profissional de saúde.

Desse modo, observar sinais como a intensidade do choro ou outros sintomas é a única forma de identificar o que está acontecendo. Fazendo-se muito importante, ensinar a criança a observar o próprio corpo e explicar onde está doendo ou incomodando.

Para crianças menores, uma boa técnica é ir apontando com o dedo e perguntando “aqui dói?” e com o passar do tempo a criança começa a aprender essa comunicação. Já no caso das crianças maiores, vale o diálogo e a orientação dos pais, visando sempre explicações claras. 

9- Cuidado com acidentes domésticos

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 200 mil acidentes domésticos envolvendo crianças ocorrem anualmente no Brasil. Este número alarmante, tende a aumentar em média 25% durante as férias escolares.

Dentre esses acidentes domésticos, podemos destacar quedas, queimaduras, atropelamentos, afogamentos, intoxicações ou descuidos básicos que são normalmente vistos nas emergências médicas.

Criança do sexo masculino sugando ferro de passar roupa.
Redobre os cuidados com acidentes domésticos.

Esses acidentes podem e devem ser evitados, com medidas básicas, como restringir o acesso à cozinha sem supervisão, orientar e supervisionar os banhos a fim de que os pequenos não subam no vaso sanitário ou fiquem pulando no chão molhado.

Podemos destacar diversas situações, desde colocar redes de proteção em janelas de apartamentos, protetores de tomás e quinas ou atenção redobrada em piscinas e praias, mas todos os cuidados se resumem em adiantar-se com o objetivo de evitar acidentes com as crianças.

Uma das soluções mais importantes é a orientação, explicar para a criança que certa ação é perigosa e deve ser evitada ou realizada apenas quando um adulto estiver por perto.

10- Mantenha a rotina da criança

Com as férias escolares, não existe a necessidade de acordar tão cedo ou mesmo de correr para chegar no horário certo, mas isso não quer dizer que a rotina não deva ser mantida. 

Permitir que as crianças troquem o dia pela noite ou simplesmente desregular o horário de se alimentar, brincar ou fazer suas atividades extracurriculares pode afetar a saúde da criança, além de criar hábitos que o afetarão quando indivíduo na sociedade.

Ilustração rotina de crianças.
Manter a rotina das crianças nas férias é muito importante.

Crianças e adolescentes estão em fase de crescimento e desenvolvimento psíquico e fisiológico, e a irregularidade de sono e rotina, pode afetar a qualidade desse desenvolvimento. 

É durante o sono noturno que a criança recupera suas energias e, o corpo realiza processos importantes ao seu desenvolvimento, a falta desse período provoca alterações no ciclo circadiano da criança, afetando diretamente no comportamento e saúde da criança.

A dica para os pais e responsáveis é criar rotinas mais precisas, evitando que a criança passe do horário de dormir, comer ou brincar proporcionando uma rotina e disciplina, mesmo durante as férias.

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